Quantas  vezes dizemos "hum…que cheirinho de infância", ou lembramos de um dia  ou de um fato pelo cheiro daquele café, daquele pãozinho, daquele  perfume? Abaixo trazemos uma matéria interessante sobre as memórias do  olfato. 
 Um  cheiro pode trazer uma enxurrada de lembranças, influenciar o humor das  pessoas e afetar seu desempenho no trabalho. Como o bulbo olfativo é  parte do sistema límbico cerebral, uma área tão associada com a memória  que é muitas vezes chamada de "cérebro emocional", o olfato pode trazer à  tona lembranças e respostas poderosas quase que instantaneamente.
 O  bulbo olfativo tem acesso muito íntimo à amígdala, que processa  emoções, e ao hipocampo, que é responsável pelo aprendizado associativo.  Apesar da ligação próxima, no entanto, os cheiros não despertariam  lembranças se não fossem as respostas condicionadas. Quando você sente  um cheiro pela primeira vez, você o liga a um evento, uma pessoa, uma  coisa, ou a um momento. Seu cérebro produz uma ligação entre o cheiro e a  memória – associando o cheiro de cloro ao verão na piscina ou lírios a  um enterro. Quando você encontra o mesmo cheiro de novo, a ligação já  está lá, pronta para produzir uma memória ou um humor. O cloro pode  chamar uma memória relacionada a uma piscina específica, ou simplesmente  deixá-lo alegre. Lírios podem deixá-lo agitado sem saber o porquê. Em  parte, é por isso que nem todo mundo gosta dos mesmos cheiros.
 Como  encontramos a maioria dos novos odores na juventude, cheiros geralmente  remetem a memórias de infância. Mas, na verdade, começamos a criar  associações entre cheiros e emoções antes mesmo de nascer. Bebês  expostos ao álcool, à fumaça de cigarro, ou alho ainda dentro do útero,  mostram uma preferência por estes cheiros. Para eles, os cheiros que  podem desagradar outros bebês parecem normais ou até mesmo confortantes.



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