domingo, 24 de abril de 2011

Memórias pelo Olfato

Quantas vezes dizemos "hum…que cheirinho de infância", ou lembramos de um dia ou de um fato pelo cheiro daquele café, daquele pãozinho, daquele perfume? Abaixo trazemos uma matéria interessante sobre as memórias do olfato.
Um cheiro pode trazer uma enxurrada de lembranças, influenciar o humor das pessoas e afetar seu desempenho no trabalho. Como o bulbo olfativo é parte do sistema límbico cerebral, uma área tão associada com a memória que é muitas vezes chamada de "cérebro emocional", o olfato pode trazer à tona lembranças e respostas poderosas quase que instantaneamente.
O bulbo olfativo tem acesso muito íntimo à amígdala, que processa emoções, e ao hipocampo, que é responsável pelo aprendizado associativo. Apesar da ligação próxima, no entanto, os cheiros não despertariam lembranças se não fossem as respostas condicionadas. Quando você sente um cheiro pela primeira vez, você o liga a um evento, uma pessoa, uma coisa, ou a um momento. Seu cérebro produz uma ligação entre o cheiro e a memória – associando o cheiro de cloro ao verão na piscina ou lírios a um enterro. Quando você encontra o mesmo cheiro de novo, a ligação já está lá, pronta para produzir uma memória ou um humor. O cloro pode chamar uma memória relacionada a uma piscina específica, ou simplesmente deixá-lo alegre. Lírios podem deixá-lo agitado sem saber o porquê. Em parte, é por isso que nem todo mundo gosta dos mesmos cheiros.
Como encontramos a maioria dos novos odores na juventude, cheiros geralmente remetem a memórias de infância. Mas, na verdade, começamos a criar associações entre cheiros e emoções antes mesmo de nascer. Bebês expostos ao álcool, à fumaça de cigarro, ou alho ainda dentro do útero, mostram uma preferência por estes cheiros. Para eles, os cheiros que podem desagradar outros bebês parecem normais ou até mesmo confortantes.

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