O estudo sobre a mente e sua relação  com o corpo, teve seu início no século XIX e até hoje desperta interesse  em diversos profissionais da área da saúde. Atualmente procuramos  integrar nosso entendimento sobre relação, corpo e mente, razão e emoção  teoricamente já dissociada há muito tempo. Tal interesse fez com que  surgisse uma nova área do conhecimento, a neuropsicologia, que investiga  a relação do sistema nervoso, comportamento e cognição. 
Durante muito tempo, a maioria  das pessoas acreditou que a vida tinha seu início no nascimento,  entretanto, atualmente discute-se em que ponto a vida inicia, ponto em  comum é que torna-se essencial o desenvolvimento fetal adequado, uma vez  que distúrbios neste período podem alterar o processo normal de  desenvolvimento. O sistema nervoso surge entre a terceira e a quarta  semana após a fecundação, inicia-se a partir da ectoderme, uma  diferenciação celular que forma a placa neural. Posteriormente durante o  desenvolvimento a placa neural será transformada em tubo neural, onde  cada região desse tubo dará origem a diversas partes do sistema nervosa  central.
Quando nascemos nossas funções  são exercidas principalmente por padrões geneticamente determinados, ou  seja, por instintos e reflexos. A medida que a criança vai crescendo os  padrões de reflexos sedem seu lugar a atividades mais organizadas e  dirigidas, como por exemplo, os movimentos voluntários das mãos a partir  do 3º mês de vida. 
Logo após no 6º mês a criança já  terá desenvolvido áreas motoras e corticais do cérebro, obtendo dessa  forma maior equilíbrio e integração entre o que vê e escuta. Aos 2 anos  suas habilidades motoras estão melhor desenvolvidas e assim conseguindo  vestir roupas simples. A maturação de regiões ligadas ao julgamento e  programação de atividades dará a criança aos 4 anos, a capacidade de  julgar certo e errado e também organizar brincadeiras. 
È  observado durante a maturação e desenvolvimento cerebral que ocorrem  várias fases, intercalando fases rápidas de desenvolvimento com fases  mais lentas, onde ocorre a estabilização das funções que foram  desenvolvidas nas fases mais rápidas. Percebe-se, portanto, que o estudo  do sistema nervoso central torna-se de fundamental importância, uma vez  que qualquer alteração durante o processo de sua formação poderá  acarretar em problemas cognitivos que alterarão o comportamento do  indivíduo gerando prejuízos nas esferas sociais, familiares e  ocupacionais do sujeito. Lembrando que esta maturação se dará frente a  um ambiente que pode ser estimulante ou não sendo assim questões  biológica, genéticas e ambientais andam de mãos dadas para o bom  desenvolvimento de nossas crianças e de nos mesmos. A psicologia  enquanto ciência que tem por objeto de estudo o comportamento, uma visão  renovada e interdisciplinar certamente será mais produtiva para  compreender a complexidade do ser humano quanto ao seu comportamento. 

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