sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo... E que venha 2011!!

Se tudo na vida fosse fácil, não daríamos o verdadeiro valor que as coisas merecem. 
O caminho mais fácil, na maioria das vezes, não é o melhor. 
Quem desiste das coisas por achá-las difíceis, perde tudo.
Covardia resulta em infelicidade. Felizes serão aqueles que lutam, e que por mérito próprio conquistam o que querem, mesmo que o caminho seja longo e difícil.
 
Estou aqui pra desejar Boa sorte em Tudo que fizer...E Desde já... Um Ótimo 2011 pra todos vocês. 
Sucesso,saúde,paz e amor.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Aprendizado da Vida

Com o passar dos anos, aprendemos que um sorriso representa muito mais que mil palavras; que os verdadeiros amigos são aqueles que se fazem presentes nos momentos em que mais precisamos;  que a vida, muitas vezes, nos apresenta caminhos íngremes e subversos,  porém a vista ao chegar no topo é  maravilhosa; que muitas vezes os caminhos mais fáceis não são os que obteremos mais sucessos e que a glória da conquista é sentida por poucos, pois são esses poucos que sabem lidar com as dificuldades encontradas durante o percurso.
Aprendemos também que escutar e entender uma pessoa é muito mais gratificante do que sermos escutados; que as pessoas são muito mais do que a aparência, pois a verdadeira beleza está dentro de cada um de nós; que a vida tem que ser vivida da forma mais excitante possível, pois o tempo é curto, mas o mesmo se faz menor aqueles que não possuem a capacidade de sonhar; que um conselho sincero não é para ser seguido, mas sim para ser pensado.
Aprendemos também que sonhar é muito fácil, mas realizar esse sonho é uma tarefa árdua e cansativa; que as oportunidades muitas vezes  são únicas, por isso devemos estar sempre preparados; que as mudanças muitas vezes são difíceis mas fugir da realidade é muito mais vergonhoso;  que jamais conheceremos realmente uma pessoa se não dermos à mesma a chance de nos conhecer.
Aprendemos também o significado da frase: “Não contentar-se de contente”, pois temos a necessidade de estarmos sempre renovando nossa vida, pois um sonho só dura o tempo de tornar-se realidade e, após isso, novas metas devem ser traçadas para que a nossa vida tenha um verdadeiro sentido e valor.
Aprendemos também que um gesto pode não refletir um sentimento; que existem várias formas de se expressar o amor, mas nenhuma se compara a estonteante felicidade de conviver ao lado das pessoas de quem realmente se ama.
Porém, o mais interessante dessa caminhada, conhecida como vida, é que todas as coisas que aprendemos até hoje é quase nada perto do que a vida irá nos mostrar durante o passar dos nossos anos e que constantemente estamos nos deparando com novidades e que muitas vezes essas se encontram em pequenas coisas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os Domingos Precisam de Feriados

Toda sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica.
Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação.
Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo.
A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.
Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.
Hoje, o tempo de "pausa" é preenchido por diversão e alienação.
Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações para não nos ocuparmos. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão. O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições.
Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo...
Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.
Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente.
As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado...
Nossos namorados querem "ficar", trocando o "ser" pelo "estar".
Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI - um dia seremos nossos?
Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante.
Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...
Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida.
A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é: o que vamos fazer hoje? Já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de domingo.
Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande "radical livre" que envelhece nossa alegria - o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.
Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.
Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.

Rabino Nilton Bonder