terça-feira, 12 de abril de 2011

Longas cartas pra ninguém

Batendo a poeira

Fim de ano é a mesma coisa. Correria no comércio para comprar os presentes (ih, este ano está para as lembrancinhas, como dizem os jornais sempre que publicam matérias sobre dicas de presentes e tabelas de preços!). A gente diz que não vai deixar as compras para a última hora mas, olha nós aí de novo enfrentando aquela fila no caixa e revendo a lista só para constatar que, depois de tantas horas de shopping, faltou alguém que não podia ficar de fora!
E os filmes na TV? Ah, os filmes. Acho que, por causa deles, a gente começa a pensar demais. Sim, a culpa é da televisão. A gente vê os personagens passando a vida a limpo e resolve fazer o mesmo. Eis a parte mais difícil do fim do ano: o desapego. Analisar o que passou não é fácil, principalmente quando se sente aquele desejo de voltar e ficar ali, naquele dia, naquele momento feliz que já se foi.
Nesse clima de acabar o ano e começar algo novo, vou fazendo aquela faxina para jogar fora o que não serve mais. As roupas, os livros, jornais velhos, revistas, sandálias. Ah, se fosse só isso! Mas vem a outra parte: jogar fora sentimentos, lembranças, pessoas.
Em 2010 fui feliz, infeliz, otimista, solitária e quase me apaixonei de novo. Olha só que coisa boa! Fui magoada algumas vezes. Por outras, magoei sem nem perceber que estava magoando (é o mal de quem machuca!). Fiz novos trabalhos, novos amigos, novas conquistas. Fiquei devendo um pouco mais de atenção a alguns dos amigos antigos. Outros estiveram perto de mim sempre que chorei ou sorri.
Das metas que tracei na virada de 2010, cumpri algumas.  Terminei um namoro que já não ia bem.  Paixão? Na falta de uma nova, revivi um amor antigo. Foi a melhor e pior parte do ano para mim. Aproveitei o que pude daquele momento, mas passou.

Fim de ano é a mesma coisa, sempre: a gente diz que vai fazer e acontecer nos próximos 365 dias e... nada! O que há de bom nisso tudo é aquela ponta de esperança que essa época traz junto com um pouco de melancolia.  

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