Considerado por muitas (mesmo!) o melhor amigo das mulheres, o  vibrador está por aí há mais tempo do que você pensa e já  foi classificado como o 5º ‘eletrodoméstico’ inventado – antes mesmo que  o ferro elétrico.
E se você acha que ele foi criado pensando na  satisfação sexual feminina, enganou-se novamente. Com o único propósito  de facilitar uma prática médica que já existia, o vibrador foi apenas  mais uma ferramenta para facilitar a vida de profissionais da saúde.
Na medicina ocidental sempre existiu desde os tempos de Hipócrates, a  crença numa doença chamada “histeria” do ventre, que era causada pela  negligência que o útero sentia. Platão dizia que o útero era um animal  dentro de um animal (!?) e que, de vez em quando, ficava fora de  controle e, como tal, tinha que ser acalmado (é aqui que começa a  sacanagem!).
A forma como se acalmava este “animal” era massageando a vulva da  paciente - que era considerada parte do útero - e através deste processo  se provocava uma ‘crise’ da suposta doença. Essa crise era uma espécie  de febre a que era dado o nome de ‘paroxismo histérico’, pois  apresentava contrações e lubrificação da vagina. Após essa crise a  mulher sentia-se melhor, por algum tempo.
“Infelizmente” a histeria era incurável e crónica e por isso a mulher teria de voltar ao médico outras vezes. Algo no estilo “Siririca assistida e progressiva”.
Para se tratar esta doença feminina a que os médicos chamavam de  “congestão da genitália”, ou “histeria”, os doutores perdiam muito  tempo, porque era um processo demorado e trabalhoso justamente pelo  “tratamento” ser feito através de uma estimulação manual.
Assim como os paleontólogos de 2010 veem um pênis ereto de osso e se  recusam a imaginar o uso mais lógico para isso, os médicos ocidentais  vitorianos eram incapazes de identificar o orgasmo feminino, apesar de  conhecer seus benefícios para o equilíbrio psicossomático. No puritano  universo ocidental da década de 1850, uma epidemia tomou conta das damas  da sociedade. Inúmeras ladies corriam aos consultórios se  queixando de sintomas como ansiedade, irritabilidade, distúrbios do  sono, sonhos eróticos e excesso de lubrificação da vagina. Por incrível  que pareça hoje, naquele tempo fantasias e desejo sexuais, normais em  homens, eram consideradas anomalias quando eram experimentados pelo sexo  feminino.
Levando em conta de 3 a 4 pacientes por dia, haja braço! Por isso mesmo,  quando o vibrador surgiu como ferramenta de auxílio ao tratamento, os  médicos aderiram a este instrumento para facilitar e acelerar o  processo.
O primeiro vibrador era a vapor e foi inventado em 1869 por George Taylor  que lhe chamou “O Manipulador”, em resposta a este desejo dos médicos  de acelerar o processo através de um meio mecânico para a estimulação da  vulva.
No inicio do século XX (1902), a empresa americana Hamilton Beach (que hoje faz eletrodomésticos de alto nível) patenteou o primeiro vibrador eléctrico, inventado por Kelsey Stinner,  que era vendido a varejo.  Fazendo com que o vibrador se tornasse o  quinto “eletrodoméstico” a existir (mesmo antes do ferro eléctrico).
A versão caseira tornou-se extremamente popular e era  frequentemente exposta com publicidade em revistas femininas (da época)  como: ponto cruz, bordados, tricô, costura, etc.
Somente quando os  vibradores começaram a aparecer em filmes pornográficos é que sua  imagem começou a ficar denegrida e associada a sexo e imoralidade. Os  maridões escapavam pros cines privês, viam as profissionais se acabando  com vibrador e não queriam aquela imagem relacionada as ‘sagradas  esposas’. Foi quando começaram a baní-lo das despensas e gavetas.
Com o passar dos anos e, um maior entendimento da sexualidade feminina, tornou-se claro que a dita “histeria” não era mais do que um orgasmo e a doença a falta dele.
Com o passar dos anos e, um maior entendimento da sexualidade feminina, tornou-se claro que a dita “histeria” não era mais do que um orgasmo e a doença a falta dele.
Desde os anos 80, os vibradores e brinquedos sexuais ganharam mais  visibilidade com a abertura de novas sex shops e lojas eróticas e  posteriormente os sex shops virtuais. Bem como através de series e  filmes que abordam o tema – por exemplo, a série Sex and the City da  HBO.
Também surgiram os high tech’s, vibradores em formatos diferentes, ergométricos e eletrônicos como o ‘OhMiBod‘ que vibra conforme o rítmo da música ou trilha sonora do vídeos que você estiver assistindo. 
Hoje podemos encontrar vibradores de todos os tipos, formas, cores,  calibres, tamanhos, e com diferentes funções. Porém ainda tem gente  (mesmo no meio feminino) que tem vergonha de entrar numa sex shop ou  assumir que possui um vibrador. Não seja boba, sua bisavó já usava!
Diga-se  de passagem, um ‘brinquedo’ de gente bem resolvida sexualmente pois até  mesmo casais usam-no como forma de ‘apimentar’ a relação.






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