segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os mais belos jardins do mundo

Pequenos ou monumentais, exóticos ou minimalistas: veja fotos dos mais magníficos oásis verdes

Desde tempos imemoriais, o sonho do homem era ter uma casa. Aquecida no inverno, fresca no verão e protegida das intempéries. Um local onde ele podia se dedicar ao sono, ao descanso, ao estudo. O passo seguinte foi ter um belo jardim.
Entre os muros de sua residência criou um microcosmo, uma versão reduzida do mundo exterior. Um espaço não só para o recreio, mas também para a contemplação. Espelhos d’água, fontes e correntes imitavam rios e lagos. Plantas exóticas com desenhos ora caóticos, ora perfeitamente simétricos, remetiam a bosques e pradarias. Estátuas e escadarias traziam um relevo multi-dimensional, repleto de relevos, a espaços muitas vezes reduzidos.
Esta galeria traz alguns dos mais belos jardins do planeta, ora pequenos e minimalistas, ora monumentais e mirabolantes. Muitas vezes feitos para o deleite de alguns poucos, hoje todos estão abertos à visitação.
De Keukenhof, Lisse, Holanda
De Keukenhof, Lisse, Holanda
Provavelmente o parque de flores mais bonito do mundo. Localizado a pouco mais de meia hora do centro deAmsterdã, o De Keunkenhof encontra-se no coração da Rijnland, uma das maiores áreas de cultivo de tulipas do planeta. Seus bem cuidados jardins e alamedas estão repletos de espécies de todo o mundo e o parque ainda conta com estufas e viveiros encantadores.

Koishikawa Korakunen, Tóquio, Japão
Koishikawa Korakuen, Tóquio, Japão
No meio do complexo tecido urbano de Tóquio, uma pequena mancha verde destaca-se junto à moderna arena Tokyo Dome. Desenhado no século 17 por membros do clã Tokugawa, é um popular local de passeio. Por sua importância cênica e histórica, o Koishikawa Korakuen é protegido por uma lei nacional especial.

Museu Quai Branly, Paris, França
Museu Quai Branly, Paris, França
O mais novo museu de Paris é dedicado às artes etnográficas das Américas, Oceania, Ásia e África. O impressionante acervo do Quai-Branly é seu ponto focal, mas o edifício projetado por Jean Nouvel não passa despercebido. Um de seus destaques é o jardim vertical, um muro vivo de 200 metros concebido por Patrick Blanc.

Mirabell, Salzburgo, Áustria
Mirabell, Salzburgo, Áustria
Célebre por cenas de A Noviça Rebelde, o Palácio Mirabell ostenta um jardim de opressiva beleza. É tudo tão limpo e bem cuidado que beira a falsidade. À sombra do Castelo e da Catedral de Salzburgo, tudo fica ainda mais encantador.

Bahai, Haifa, Israel
Templo e Jardins Baha'i, Haifa, Israel
Muito mais que uma religião, o Baha'i prega a unidade e harmonia entre os povos. Perseguidos na Pérsia (atual Irã), estabeleceram sua sede em Haifa, em Israel. Seus mirabolantes jardins e santuários dominam a paisagem da cidade em uma sucessão de degraus e plataformas suspensas.

Korakuen, Okayama, Japão
Korakuen, Okayama, Japão
O clássico jardim japonês reflete ambições paisagísticas que refletem um mundo em pequenas proporções. Construído sob as ordens do senhor feudal Tsuda Nagatada, no século 17, sobre uma ilhota no rio Asahi, o Korakuen é considerado um dos mais perfeitos do país. A cidade de Okayama fica a cerca de 1h30 de trem-bala desde Hiroshima, no centro-oeste do Japão.
Destaque para as dramáticas mudanças nas paisagens sazonais, com cerejeiras e ameixeiras em flor entre março e abril, e as folhagens de outono entre outubro e novembro.

Chatsworth House, Reino Unido
Chatsworth House, Reino Unido
Um dos países onde a jardinagem chegou ao status de mania é a Inglaterra. Plebeus e nobres são fanáticos pelo hobby e o próprio príncipe Charles dedica parte de sua movimentada agenda para cuidar de suas plantas. Não surpreende então que hajam grandes e bem cuidados parques públicos e que boa parte dos palácios do país possuam jardins de esmerado trato. Um dos mais famosos é o de Chatsworth House, a mansão do duque de Devonshire. Em uma área de mais de 100 acres encontram-se elementos de seis diferente séculos. Destaque para a longa cascata e as estufas de plantas exóticas.

Villandry, Vale do Loire, França
Chateau de Villandry, Vale do Loire, França
Versalhes pode ser considerado o mais famoso jardim francês, mas não é páreo para Villandry em termos de elaboração artística. Seu projeto paisagístico é uma colcha de retalhos e apuro técnico que faz a alegria dos entusiastas por labirintos e padrões simétricos. Construído no século 16 por um dos ministros de Francisco I, teve como base trabalhos renascentistas italianos.
Os horários para visitação variam bastante durante o ano, sendo mais longos durante o verão e mais curtos no inverno.

Versalhes, França
Palácio de Versalhes, França
Muito da fama dos jardins de Versalhes vem de seu magnífico palácio, mas, convenhamos, o chateau não teria a menor graça sem seu magnífico projeto paisagístico. Fontes, estátuas, alamedas, um imenso tanque d’água e uma complexa trama de perspectivas são suas grandes atrações.
André Le Nôtre coordenou uma grande equipe que incluiu Charles Le Brun, Jean-Baptiste Colbert e Jules Hardouin-Mansart. O próprio rei dava a palavra final em muitos dos detalhes desta obra superlativa.

Versalhes, França
Versalhes, França (cont.)
Um festival de perspectivas e ambientes, é virtualmente impossível conhecer os jardins de Versalhes em toda sua totalidade em apenas um dia


Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Jardim Botânico, Rio de Janeiro
No Olimpo das grandes atrações turísticas do Rio de Janeiro, o Jardim Botânico é um dos mais discretos campeões na preferência dos turistas. Vitórias-régias enormes, bambuzais colossais, perspectivas infinitas, orquidários e bromeliários enchem os olhos dos visitantes aos pés do Cristo. As palmeiras imperiais continuam ali, imponentes como sempre.

Garden of Cosmic Specullation, Escócia
Garden of Cosmic Specullation, Dumfries, Escócia
A atração central aqui não são plantas exóticas, nem mesmo uma curadoria botânica. O paisagismo deste curioso parque é a ciência aplicada em matemática, física e astronomia, com conceitos espelhados em esculturas, lagos e em seu curioso relevo. Concebido pelo arquiteto Charles Jencks, esta é uma propriedade particular, mas que ocasionalmente é aberta ao público

Palácio de Caserta, Itália
Palácio de Caserta, Itália
As amplas perspectivas, o amplo uso da água em fontes, cascatas e espelhos d'água e o impressionante conjunto barroco do palácio dos reis de Nápoles valeram ao Reggia di Caserta o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Localizado a 35 quilômetros de Nápoles, seus amplos jardins são um passeio que complementam à perfeição a suntuosidade setecentista do edifício principal.

Generalife, Alhambra, Espanha
Generalife, Espanha
Na imensa vega árida da Andaluzia, o palácio Alhambra, em Granada, é uma joia arquitetônica que mantém-se como símbolo maior e mais duradouro da presença árabe na Europa. O palácio de verão Generalife, logo ao lado, é um oásis repleto de jardins que traz um bem-vindo frescor ao ambiente, repleto de espelhos d'água, fontes e pátios. A escadaria cujo corrimão é uma corrente de água é de delicada sensibilidade.

Huntington Library, Los Angeles, EUA
Huntington Library, Los Angeles, EUA
Localizado a apenas 20 quilômetros do centro de Los Angeles, o Huntington é uma instituição que reúne biblioteca, coleção de arte e os famosos e amplos jardins. Mais de 40 jardineiros e 100 voluntários cuidam do parque botânico de 200 acres, que conta com plantas vindas da Austrália, Japão e China, além de outros mais, com ambientações típicas. Destaque para a área reservada para diversos tipos de cactos.


Fonte: Revista Viagem e Turismo - Editora Abril

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Expectativas

Há momentos na vida que lembranças se misturam a expectativas...

A nossa mente e os padrões

Catalogamos e rotulamos segundo determinados estereótipos culturais

Mente OU comportamento: duas visões diferentes do problema mente/corpo
A nossa mente (pensamentos) funciona segundo padrões e modelos e, segundo as nossas crenças, existem dois tipos de pessoas (estereótipos): A- as pessoas boas e B - as más.
As pessoas são honestas ou são desonestas. As pessoas são verdadeiras ou são mentirosas. São bonitas ou feias. Somos vencedores ou somos falhados. Desde cedo, aprendemos que existem duas categorias (A e B), a fim de recebermos ou não o reconhecimento e ser digno de confiança; ser bonzinho ou “És mau.”.
Na natureza humana, existe um mundo a explorar entre estes dois pólos antagónicos – A. ser bom ou B. ser mau, que não se resumem a catálogos ou prognósticos precipitados.
Se conseguirmos olhar para nós mesmo, conseguimos compreender este fenómeno. Você e eu somos seres complexos e multi-talentosos, imperfeitos em constante transformação.
Quer seja consciente ou inconsciente, quando passamos demasiado tempo das nossas vidas a catalogar pessoas, sem as conhecermos e/ou sem fundamentos/factos, estamos a revelar uma parte de nós que define as nossas crenças, convicções e modelos afectivos.
Na realidade, desenvolvemos a nossa consciência à medida que adquirimos a consciência do outro. Aquilo que receamos em nós próprios é imediatamente escondido e trancado a sete chaves. Ao adoptarmos este comportamento estamos a construir barreiras e a fecharmos na concha, refugiando-nos em padrões e nos modelos A e B. disfuncionais.
A genialidade da natureza humana não evolui se nos trancarmos e escondermos uns dos outros em padrões e modelos disfuncionais – catálogos ou tendências. Você e eu somos A, B, C, D, E… e Z. Devemos evoluir contra a resistência natural da nossa letargia e explorar os vários níveis da consciência (eu verdadeiro) nos relacionamentos com as outras pessoas. As pessoas mais felizes gostam de pessoas.
Durante esta semana monitorize os pensamentos (padrão) que utiliza para rotular e catalogar as pessoas e a si próprio.
  • Por: João Alexandre Rodrigues

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

As 15 melhores churrascarias de São Paulo

Elegemos os restaurantes da cidade onde a carne é levada (muito) a sério


Já que o assunto é carne, de preferência tenra e suculenta, vamos, com o perdão do trocadilho, direto ao ponto. Gaúchos, portenhos e puristas em geral – aceitem o irrefutável: São Paulo transformou-se na capital latino-americana do churrasco. 

Possuímos mais de 500 churrascarias em frenética atividade. A Time Out São Paulo apresenta aqui uma breve seleção de restaurantes de carnes premium, bem como das nossas internacionalmente famosas churrascarias-rodízio. 

Rendemos aqui, portanto, nossa homenagem a esta invenção brasileira, hoje copiada em dezenas de países. Para quem não sabe, o rodízio de carnes surgiu no Rio Grande do Sul, nos anos 60, como uma forma rápida e barata de alimentar famintos caminhoneiros em populares restaurantes à beira das estradas.
 

A Figueira Rubaiyat

Rua Haddock Lobo, 1.738, Jd. Paulista (3087-1399/ rubaiyat.com.br)
Uma enorme figueira de 130 anos domina o ambiente desse restaurante, emprestando-lhe um ar íntimo e romântico. Este é um dos restaurantes com maior significado arquitetônico e gastronômico da cidade. O aperitivo de carpaccio di funghi em azeite de trufas é obrigatório. Como prato principal, experimente a picanha sumus. Entre as sobremesas, vá de torta de coco com doce de leite. Horário Seg. a qui., 12h-0h30; sex. e sáb., 12h-1h; dom., 12h-0h. 
 

Baby Beef Rubaiyat

Alameda Santos, 86, Jd. Paulista (3170-5100/ rubaiyat.com.br); Outro endereço Av. Brig. Faria Lima, 2.954, Pinheiros (3165-8888)
A família Iglesias é sinônimo de competência no ramo. Ao longo dos anos soube associar carnes de altíssima qualidade de rebanho próprio a um serviço impecável, em um ambiente temperado por elegante modernidade. As unidades Faria Lima e Santos são mais formais, lotadas de altos executivos. Horário Seg. a qui., 12h-0h; sex. e sáb., 12h-15h e 19h-0h30; dom., 12h-18h.
 

Barbacoa

Rua Dr. Renato Paes de Barros, 65, Itaim Bibi (3168-5522/barbacoa.com.br); Outros endereços D&D Shopping, Avenida das Nações Unidas, 12.555, Brooklin (3043-9244); Morumbi Shopping, Avenida Roque Petroni Jr, 1.089, Morumbi (5181-6898)
O Barbacoa não é barato, mas sua variedade e qualidade de cortes e tipos de carne, incluindo peixes e javali, é impressionante. Enquanto a maioria das dezenas de churrascarias tem o ambiente de uma sala de aeroporto, a atmosfera de clube de cavalheiros daqui, com cadeiras de madeira escura com braços de couro, agrega ao sentimento de bem-estar, e o bar é um lugar aconchegante para uma caipirinha antes do jantar.Horário Seg. a qui, 12h-15h e 19h-23h30; sex., 12h-15h e 19h-0h; sáb., 12h-17h e 19h-0h; dom., 12h-18h e 19h-22h30. 

Corrientes 348

Rua Comendador Miguel Calfat, 348, Vila Olímpia (3849-0348/restaurante348.com.br)
A casa é argentina não só no nome, mas principalmente pela miríade de autênticos cortes de carne portenhos apresentados no menu. Há dúvidas se o vacio (também conhecido como corte especial 348) de fato supera o bife de chorizo, mas chame mais gente para ir com você e tire a dúvida. Para acompanhar a carne, peça a papa tasso: fatias de batata frita crocantes. Horário Ter. a sex., 12h-15h45 e 19h-0h; sáb.,12h-0h; dom.,12h-18h.
 

Costelaria Moema

Avenida dos Imarés, 758 (5096-3213/ costelariamoema.com.br)
O segredo da casa está no uso de fornos verticais construídos para o cozimento da peça inteira da costela do boi, a principal estrela da casa. O aparelho tem prateleiras e a imensa peça vai, em um prazo de 30 horas, passeando de andar em andar, à baixa temperatura. São oferecidos oito tipos de corte de carne, do chamado espaguete ao matambre, acompanhados de escoltas dignas de um caminhoneiro esfomeado, como polenta frita, salada, maionese, arroz, feijão e banana frita. Horário Seg. a ter., 11h30-16h; qua., 11h30-16h e 18h-23h; qui a sáb., 11h30-23h; dom. e feriados, 11h30-18h.
 

Dinho’s

Alameda Santos, 45, Paraíso (3016-5333/ dinhos.com.br)
Se a sua paixão for o corte americano prime rib, esta casa ganhará status de altar supremo. As dimensões e o sabor inigualável do Prime do Dinho’s, com seus generosos 700 gramas, incluindo o imenso osso, o fará se sentir um Fred Flintstone curtindo a dolce vita em Bedrock. O restaurante tem fama de atrair os mais poderosos executivos da região da Paulista. Horário Seg., 11h30-15h e 19h-0h; ter. a sex., 11h30-15h e 19h-1h; sáb., 11h30-1h; dom., 11h30-18h. 
 

Fogão Gaúcho

Avenida Marquês de São Vicente, 1.767, Barra Funda (3611-3008/fogaogaucho.com.br)
Instalado em uma zona semi-industrial, este restaurante reina sozinho, para alegria dos executivos da região. A qualidade das carnes, o ponto de salga e o zelo no uso da brasa estão em perfeito equilíbrio. Para completar, tem um eficiente serviço, amplo ambiente e possui ótima área de bar para os momentos de espera. Faça três pedidos especiais ao garçom: o corte de picanha suína, uma das jóias da casa, e os cortes de picanha e costela. Se conseguir, resista ao prato de chips ultra-crocantes de bacon. Horário Seg. a qui., 11h30-16h e 18h-23h30; sex. e sáb., 11h30-23h30; dom., 11h30-22h. 
 

Fogo de Chão

Av. Santo Amaro, 6.824, Santo Amaro, 5524-0500; Outro endereço Av. dos Bandeirantes, 538, Vl.Olímpia, 5505-0791.
A mais conhecida rede brasileira de rodízio possui quatro restaurantes em São Paulo, além de filiais em Brasília, Salvador, Belo Horizonte e nos EUA. Os donos são gaúchos autênticos – portanto, aqui não se perde tempo no cardápio com iguarias irrelevantes: há lugar apenas para os cortes brasileiros de carne, como picanha, fraldinha e maminha. Selecione os pedaços que desejar nas grandes peças trazidas pelos garçons. Além disso, o Fogo de Chão tem uma das maiores e melhores cartas de vinho da cidade. Para sobremesa, prove a mousse de chocolate com vinho do Porto.Horário Seg. a sex., 12h-16h e 18h-0h; sáb., 12h-0h; dom., 12h-22h30.
 

Jardineira Grill

Avenida dos Bandeirantes, 1.001, Vl. Olímpia (3048-0299/jardineiragrill.com.br)
Uma das primeiras casas de São Paulo a oferecer o sistema de rodízio, tem carnes de boa procedência, mas puristas devem fazer vista grossa para a farta oferta de peixes e frutos do mar, incluindo sushis e camarões bem grandes no bufê de saladas. Se bem que, atualmente, esse estilo foi bastante copiado e hoje é uma realidade no mundo dos rodízios. Com um ótimo serviço, aproveite para pedir aos garçons generosas porções de banana empanada e batatas fritas. Horário Seg. a sex., 12h-16h e 19h-0h30; sáb., 12h-0h; dom., 12h-23h. 
 

Montana Grill

Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, 816, Itaim Bibi (3078-0999/churrascariamontanagrill.com.br)
Há quase 20 anos, a dupla de música sertaneja Chitãozinho e Xororó montaram, com um grupo de investidores, o Montana Grill, primeiro em Campinas. Hoje possuem uma unidade no Itaim, além de filiais em Goiânia e Porto Alegre. A casa paulistana é um tanto impessoal, com um salão gigantesco típico de restaurantes do interior – mas oferece carnes e serviços de ótima qualidade. Horário Seg. a sex., 12h-16h e 18h-0h; sáb.,12h-0h; dom., 12h-22h. 

North Vila Nova

Rua Jacques Félix, 365, V. Nova Conceição (3044-4885/northvilanova.com.br)
A casa original, North Grill, instalada há anos noShopping Frei Caneca, gerou uma filial glamourosa na Vila Nova Conceição. Apesar da grande concorrência local, o North Vila Nova se sai bem graças à boa seleção de carnes nobres, incluindo cortes australianos e de gado Wagyu, ultramarmorizado de gordura. O ambiente é agradável e os preços menos salgados do que se poderia supor a uma boa casa de carnes. Horário Ter. a sex., 12h-15h30 e 19h30-23h; sáb., 12h-23h30; dom., 12h-18h.  

Rodeio

Rua Haddock Lobo, 1.498, Jd,. Paulista (3474-1333/ rodeiosp.com.br);Outro endereço Shopping Iguatemi, Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.232 (2348-1111)
Durante décadas, este restaurante foi o templo dos endinheirados apaixonados por carnes de qualidade. Nasceram nos bastidores de sua cozinha dois ícones da gastronomia nacional: a picanha fatiada e o criativo arroz biro-biro (com ovos, bacon e batata palha). Apesar de parte de seu antigo glamour ter sumido na fumaça dos concorrentes, perdeu feio quem apostou em sua derrocada. A casa original modernizou-se, recuperou o brilho e ainda encontrou fôlego para abrir uma filial no disputado Shopping Iguatemi. Horário Seg. a sex., 11h30-15h30 e 18h30-0h; sáb., 11h30h-0h; dom.,11h30-23h. 

Templo da Carne Marcos Bassi

Rua Treze de Maio, 668, Bela Vista (3288-7045/ marcosbassi.com.br)
Marcos Bassi, falecido em 2013, elevou a profissão de açougueiro ao status de nobre artesão. Conhecia a estrutura celular de cada peça, sendo alguns cortes de sua própria autoria – a fraldinha, assim como o exclusivo bombom, levam sua assinatura. Seu nome está estampado em produtos dos melhores supermercados da cidade, mas é no seu Bixiga – onde tudo começou – que ele sempre se sentiu em casa, e é o lugar onde seu restaurante, cercado por diversas cantinas italianas, reina absoluto.Horário Seg. a sáb., 12h-0h; dom., 12h-18h. 

Varanda Grill

Rua Gal. Mena Barreto, 793, Itaim Bibi (3887-8870/ varandagrill.com.br);Outro endereço Shopping JK Iguatemi, Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck, 2.041, V. Olímpia (3152-6809)
A casa levou anos para atingir o panteão da unanimidade da crítica especializada na cidade. Nossas primeiras visitas, por exemplo, foram pautadas por um serviço simpático, mas muito distante da fama conquistada. Quando fomos à segunda casa instalada no Shopping JK, tudo mudou e alcançamos ali, pela primeira vez, o verdadeiro nirvana. A carne esbanja suculência, com timing, temperatura e qualidade de serviço dignos de um campeão entre os grandes de São Paulo. Horário Seg. a qui., 12h-15h e 19h-23h; sex., 12h-15h30 e 19h-23h; sáb., 12h-18h e 19h-0h; dom., 12h-17h. 

Vento Haragano

Avenida Rebouças, 1.001, Jd. Paulista (3083-4265/ ventoharagano.com.br)
A vitrine de carcaças perfeitamente grelhadas, colocadas em volta de uma fogueira na entrada deste rodízio no estilo gaúcho, é a prova final das autênticas raízes da casa. Sua localização privilegiada nos Jardins chega a tumultuar o trânsito nos fins de semana, portanto tenha paciência. Mas o Vento Haragano valerá cada minuto da sua espera, graças ao alto padrão das suas carnes, incluindo um incomum javali servido com geleia de jabuticaba. 

Feijoadas para não perder

Saiba onde comer um de nossos pratos mais típicos

Quarta e sábado são os dias em que cumbucas cheias de linguiça, feijão preto e pedaços de porco que vão da cabeça ao rabo borbulham por horas a fio, de norte a sul do país. São os dias tradicionais de comer feijoada – uma das poucas comidas típicas que podem ser chamadas de nacionais no Brasil, onde as culinárias regionais são tão diversas quanto as origens de suas populações. 

A conhecida combinação do ensopado escuro e saboroso de carnes com arroz, farofa douradinha, fatias de laranja e um monte de couve verdinha, torna o prato colorido, variado e equilibrado. No entanto, suas origens dividem opiniões: a crença popular diz que a receita foi inventada pelos escravos afro-brasileiros, que teriam colocado diferentes restos de comida no caldeirão de feijão preto. A história, por outro lado, sugere que o prato é derivado da receita portuguesa de mesmo nome, que leva feijão branco. A verdade pode ser uma combinação das duas.

Há consenso, porém, sobre como a feijoada deve ser saboreada: devagar, em boa companhia, ao longo da tarde. O ritual deve ser iniciado com uma cerveja gelada e encerrado com uma dose de cachaça, em um lugar querido. E, em um mundo ideal, com alguém que tenha feito todo o trabalho pesado: a preparação da feijoada é a epítome da slow food, pois envolve – se feita do modo tradicional – dessalgar as carnes e deixar o feijão de molho durante a noite, e depois deixá-la horas fervendo antes de ser servida. No topo da escala, os estabelecimentos mais sofisticados cobram preços altos por suas feijoadas.

Dinho’s (Al. Santos, 45, V. Mariana, 3016-5333, dinhos.com.br), famoso pelos filés, substitui o menu por feijoada (R$ 96) às quartas e aos sábados, com um bufê de saladas e antepastos ao lado das panelas fumegantes. NoBeth Cozinha de Estar (R. Pedroso Alvarenga, 1.061, Itaim Bibi, 3073-0354), restaurante que só funciona no almoço, as saladas criativas são uma das grandes atrações para acompanhar a feijoada de quarta e sábado (R$ 53 e R$ 68, respectivamente), colocada em panelas diferentes para que os clientes escolham os pedaços de linguiça e carne que quiserem – é uma boa alternativa para quem sente repulsa pelas carnes ‘da cabeça ao rabo’ (orelhas, língua e outros miúdos), que tradicionalmente são o padrão.

Ali perto, no Bolinha (Av. Cidade Jardim, 53, Jd. Europa, 3061-2010,bolinha.com.br), a feijoada não sai barata (R$ 98, de segunda a sexta, e R$ 116 aos finais de semana e feriados) – mas ela é servida em todos os dias da semana, e não só no almoço. Quando se trata de qualidade, este é um dos melhores lugares. A versão do restaurante é servida na mesa e vem acompanhada de bisteca de porco, costelinhas e pernil, além de bacon, linguiça, banana empanada, couve, arroz e laranja.

Na ponta mais modesta da lista, você encontra uma abundância de bares e restaurantes animados, cheios de personalidade, onde a feijoada anda de mãos dadas com uma caipirinha e, muitas vezes, com um pouco de samba, abastecendo os baladeiros para a noite. Desaperte o cinto, libere a sua agenda e descubra a seguir alguns dos lugares mais divertidos para se saciar.
 

Bar do Betinho

Rua Wisard, 264, V. Madalena (3813-4037/ bardobetinho.com.br)
Um lugar de família, realmente, com o avô Betinho cuidando das caipirinhas no balcão, o filho Betinho comandando a cozinha e o neto Ricardo administrando todos os aspectos do negócio. O Bar do Betinho arrisca afirmar que serve a melhor feijoada na agitada Vila Madalena e, a julgar pela multidão que se vê às quartas e sábados, deve ser verdade.

Praticamente uma instituição, o Bar do Betinho serve chope gelado desde 1952, introduziu a opção de almoço em 1988 e, no mês passado, mudou-se para um espaço maior, do outro lado da rua. Com muito pouco do ambiente caseiro original, o novo lugar ocupa dois andares, com decoração temática de bicicleta – o Betinho mais jovem é entusiasta e blogger de ciclismo – com direito a corrimãos feitos de quadros de magrelas, o que deixa o lugar esparso um pouco mais interessante. A receita de feijoada da família, no entanto, continua boa como sempre.

Ao cozinhar lenta e separadamente o feijão e as carnes, Ricardo diz que consegue tirar mais gordura do que as feijoadas concorrentes, resultando em uma refeição mais leve e que provoca menos letargia. Mas a receita não é a única coisa que faz valer a fila: não perca a mandioca frita – pedaços crocantes por fora e que derretem por dentro (R$ 18, ou inclusa no preço por pessoa aos sábados). Horário Seg. a sex., 11h30-15h; sáb., 12h30-17h. Feijoada R$ 31,70 (qua.), R$ 45,90 (sáb). 
 

Genuíno

Rua Joaquim Távora, 1.217, V. Mariana (5083-4040/ genuinochopp.com.br)

















Rodeado por bares e restaurantes em uma rua movimentada da Vila Mariana, o Genuíno atrai um público jovem com sua feijoada servida aos sábados. A combinação de música ao vivo – a mesma banda, Varanda Paulista, toca MPB e chorinho aos sábados ali há mais de 12 anos – ambiente verde com mesas no jardim dos fundos em meio a bambus, samambaias e ipês, e a excelente feijoada são estímulos para os grupos passarem a tarde. O teto retrátil garante que o banquete prossiga, faça sol ou faça chuva.

A carne suína é fornecida pelo Mercado Municipal; a preparação dela começa na segunda-feira e o cozimento lento, na quinta. O resultado é um caldo delicioso e nutritivo. Uma cabeça de porco pode até coroar a mesa do bufê, mas você não encontrará nenhum miúdo na feijoada – os cortes magros, assim como as linguiças, são servidos em panelas diferentes. Para beber, peça chope Brahma (R$ 6,90) ou sirva-se das batidas por conta da casa para completar o banquete – canequinhas com coquetel cremoso de fruta e cachaça. Horário Seg. a sex., 17h30-1h; sáb. e dom., 12h-1h.Feijoada R$ 59,80; prato principal, R$ 28-R$ 82,50; couvert, R$ 12 (sáb. e dom.).  
 

Bar do Giba

Avenida Moaci, 574, Moema (5535-9220)
Diz a lenda que os cariocas que se mudam para São Paulo tendem a morar no bairro de Moema, na zona sul. Assim, eles ficam a um pulo do aeroporto de Congonhas e podem se retirar rapidamente para as praias de casa assim que chega o fim de semana. Mas há um motivo para ficar por aqui, e ele pode ser encontrado bem no coração de Moema. O Bar do Giba é um boteco com o mesmo clima descontraído e a mesma feijoada perfeitamente temperada encontrada nos locais mais populares para a receita no Rio, tais como o Bar do Mineiro, em Santa Teresa, e a Academia da Cachaça, no Leblon.

O carismático Giba abriu seu bar em uma esquina tranquila nos idos de 1987 e o montou como uma mercearia tradicional, com garrafas, fotos e memorabilia de futebol enfeitando as paredes. Não existe menu, apenas sugestões rabiscadas em lousas, e você só descobre os preços se perguntar. A feijoada é servida aos sábados, e é preciso chegar assim que o lugar abre (13h) para conseguir uma mesa na rua. Se encontrar fila, comece pedindo os excelentes pastéis mistos (R$ 45,60, 12 unidades) – pasteizinhos fritos recheados com carne, queijo, palmito cremoso ou camarão, com um toque de tempero baiano.

A feijoada completa por R$ 108 parece ser abusiva, mas é generosa; a cumbuca de carnes e feijão serve facilmente três ou quatro pessoas, embora os acompanhamentos de arroz, farofa, couve, laranja, bisteca e banana frita mal deem para duas. Porções extras de arroz podem ser pedidas por R$ 12. Se você acabar ficando a tarde toda, o garçom talvez traga uma garrafa de cerveja como saideira por conta da casa. HorárioTer. a sex., 17h30-1h; sáb., 13h-1h; dom., 12h-19h. Feijoada R$ 108.
 

Feijoada da Lana

Rua Aspicuelta, 421, V. Madalena (3814-9191)
Dispensando o protocolo de duas vezes por semana, você pode comer feijoada todos os dias da semana nesse lugar sem frescura da Vila Madalena – uma casinha onde as melhores mesas ficam do lado de fora, no quintal claro, coberto e cheio de plantas.
Uma feijoada mais leve é servida durante a semana (R$ 37), enquanto que, aos fins de semana, o preço sobe para R$ 60, com alguns extras acrescentados, incluindo caipirinhas à vontade (o aspecto ‘à vontade’ é melhor se abordado com prudência) – uma versão mais aguada da mistura de cachaça, açúcar e limão, servida em jarras no balcão. Mandioca frita e caldinho de feijão também são servidos no fim de semana. Como entrada, não deixe de provar o caldinho. Sirva-se de uma caneca e jogue temperos como alho cru picado, cebolinha e fatias de pimenta dedo-de-moça. E encha um prato de torresminho no caminho para a mesa.

O serviço é o de self-service, com farta oferta. A feijoada ocupa o palco principal, com caldeirões de barro fumegantes, cada um com um ingrediente diferente (como costela, orelha, linguiça ou lombo) e todos cercados pelos acompanhamentos necessários – se você quiser ir com os amigos, mas não estiver a fim de feijoada, também há opções à la carte. 

No cenário improvável de ter restado algum espaço no estômago, sirva-se no bufê de sobremesas típicas brasileiras, inclusas no preço, tais como pudim de leite e quindim – desde que você aprecie o altíssimo teor açucarado desses doces. Horário Seg. a sex., 12h-15h30; sáb. e dom., 12h-17h30. Feijoada R$ 37-R$ 60; prato principal, R$ 23-R$ 33.
 

Maní

Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano (3062-7458/manimanioca.com.br)











Com cada vez mais comidas caseiras ganhando roupagem contemporânea em São Paulo, não é surpresa descobrir que a feijoada já entrou nessa onda. No premiado Maní, a mesma abordagem criativa do cardápio é aplicada à ‘feijoada desconstruída’ – prato em que carpaccio de pé de porco é servido com esferas de feijão preto, cubinhos de laranja, couve frita e farofa de farinha de mandioca. R$ 40. Horário Ter. a qui., 12h-15h e 20h-23h30; sex., 12h-15h e 20h30-0h30; sáb., 13h-16h e 20h30-0h30; dom., 13h-16h30.