domingo, 16 de junho de 2013

Outlets de luxo da Europa viram parada obrigatória de brasileiros

Voltar das férias na Europa com uma nova bolsaChanel, um vestido Gucci, um sapato Sergio Rossi ou um casaco Dior já é digno de inveja. Mas retornar da viagem com as mesmas peças, sabendo que se pagou até 70% menos do que o preço anunciado nas vitrines das mesmas lojas na Champs-Élysées, em Paris, na via Montenapoleone, em Milão, ou na Oxford Street, em Londres, é como diz a propaganda, não tem preço.
Prazer antes reservado a quem ia aos Estados Unidos (principalmente Miami e Nova York), as compras em outlets de luxo começa a fazer parte da rotina dos brasileiros também em viagem por países como Espanha, Itália, França e Reino Unido. Só nos nove Villages da rede Chic Outlet Shopping o número de brasileiros cresceu 36% no último ano. Valor que nos coloca em sexto lugar no ranking de maiores compradores internacionais, de acordo com as solicitações de devoluções de impostos (tax free refund) entregues.
Nas primeiras posições estão China, Rússia, os países do sudeste asiático, Oriente Médio e Coreia, sendo que, em 2011, a rede da empresa britânica Value Retail que recebeu 29 milhões de visitantes vindos de 170 países. Um crescimento total de 12% em relação ao ano anterior. “Grande parte de nosso público já está familiarizada com esses produtos, mas para 50% ainda era algo aspiracional. Com os descontos ajudamos essas marcas a chegarem a novos consumidores”, afirma Sarah Bartlett, diretora de comunicações da rede.
Ao contrário dos outlets americanos, nos quais o foco são grifes de de fast fashion como Gap e Nike, ou pontas de estoque com diversos itens com pequenos defeitos e mal apresentados, as mais de 900 marcas presentes na rede Chic – entre elas Gucci, Salvatore Ferragamo, Jimmy Choo, La Perla, Roberto Cavalli, Versace, Yves Saint Laurent, Valentino, Ermenegildo Zegna, Tod’s,Burberry, CH Carolina Herrera e Missoni – fazem questão de manter o mesmo padrão de atendimento e layout de suas principais lojas. Tudo com descontos de 30% a 70%.
“Oitenta porcento das marcas presentes em nossos outlets são big players de luxo. Os outros 20% são grifes locais, de nicho, que seguem o mesmo padrão premium”, afirma Sarah. Entre elas, Custo Barcelona, Anne Fontaine, Tous e Andrea Moreli.
Localizados, em média, a 45 minutos de grandes centros culturais da Europa, como Londres, Dublin, Paris, Madri, Barcelona, Milão, Bruxelas, Frankfurt e Munique, os outlets de luxo costumam oferecer serviço de ônibus e, em alguns casos, até mesmo motoristas privados para facilitar o deslocamento.
Em alguns é possível contar até mesmo com a ajuda de personal shopper e carregadores (ou armários) para você não se incomodar com o peso das sacolas o tempo todo. Serviços dignos de qualquer shopping de alto nível, assim como as instalações encontradas. Tudo cuidadosamente pensado para tornar a experiência desejável tanto para as marcas, que têm uma imagem a zelar, quanto para o público acostumado a essas sutilezas.
“Todos os detalhes foram pensados para não comprometer a marca ou a experiência de compra”, completa a executiva, que veio ao Brasil em abril para fechar parcerias com operadoras de turismo interessadas em incluir os shoppings em seus pacotes. O foco no turista brasileiro não é por acaso.
Em alguns outlets da rede Chic, a posição do País entre os maiores compradores chega a ser ainda melhor do que o sexto lugar da média. Segundo Sarah, no La Roca Village e no Las Rozas Village, próximos a Barcelona e Madri, respectivamente, os brasileiros já são o segundo maior público comprador. Em Milão e Dublin são o quarto e, em Paris, o quinto. O que levou a rede a contratar uma hostess que fale português.

Nesses lugares, o tíquete médio dos brasileiros – dados obtidos com base nas solicitações de devolução de impostos entregues no local – é de 276 euros, frente os 300 euros do público em geral. O que prova que o investimento para conquistar o mercado nacional vale, e muito, a pena. E para ambos os lados, uma vez que alguns dos produtos podem ser adquiridos por menos de um quarto do valor praticado no mercado nacional.


Os melhores clubes privês de Londres

Ser membro de um clube privado na capital inglesa é essencial para quem tem estilo. Conheça quatro dos mais disputados

Os clubes privados são uma tradição inglesa assim como a rainha, o chá das cinco e os ônibus doubledecker. Mas, em vez de reunir apenas os senhores elegantes e aristocráticos do passado, agora há para todo tipo de público. Confira os mais exclusivos e, ainda assim, badalados.

The Arts Club 


O lugar existe há séculos, mas só se tornou hype quando Arjun e Jai Waney e Gary Landerberg assumiram o The Arts Club. Com várias salas diferentes, tem design de David D’Almada – e colaboração de Gwyneth Paltrow. A biblioteca tem tons de bronze, enquanto a Brasserie e o Oyster Bar são em azul com azulejos inspirados no Art Deco e têm chão de mármore italiano preto, branco e cinza. O menu é de Raphael Duntoye, do Le Petit Maison, e há delícias preparadas pelo chef pâtissier Claude La Marche.
Outros nomes estrelados fazem parte do negócio: a curadora Amelie von Wedel escolheu a coleção permanente com obras de Tomas Saraceno, John Baldessari e George Condo, que também vão receber a companhia de exposições temporárias. Mark Ronson é o diretor musical, responsável por uma programação que tem apresentações seis noites por semana e já atraiu nomes como Ronnie Wood, Noel Gallagher e Damon Albarn. A agenda conta também com cabaré e cinema.
Para ser membro, é preciso pagar adesão de 2.000 libras e uma anuidade de 1.500 libras.
Home House 
Com dois restaurantes, dois bares, salas de festas, jardim interno, academia de ginástica, quartos e suítes, não faltam atrações no edifício construído no século 18 que já serviu de sede para o Courtauld Institute of Art. Uma das partes foi redecorada em 2010 pelo escritório Candy & Candy, em tons de ameixa, azul petróleo e marrom.
O maior destaque é o bar projetado por Zaha Hadid, de design futurista, no House Bar & Lounge. Aconchegante, o Bison Bar tem atmosfera íntima, mas permite acompanhar o noticiário e jogos pelas televisões de plasma. Outro espaço mais reservado é o Fumoir Snug, nos jardins internos do clube. O restaurante de estilo brasserie acomoda 80 clientes, com menu entre o francês e o inglês.
Quem quer um lugar para descansar encontra 20 quartos e suítes à disposição, alguns com boas histórias – o de Lady Charlotte supostamente é mal-assombrado, por exemplo. A academia de ginástica tem como personal trainer residente Jonathan Goodair, o preferido das estrelas na cidade.
O acesso completo individual custa 1.840 libras anuais, mais uma adesão do mesmo valor.
Apartment 58 
Que tal um clube privado exclusivo para profissionais da indústria criativa, da moda, cinema, música ou design? É essa a ideia do Apartment 58, inaugurado recentemente em pleno Soho, um espaço para trabalhar, fazer reuniões e socializar, fundado por Alan Grant. Dessa forma, as pessoas que trabalham nessas áreas não precisam ter seus próprios escritórios ou estúdios.
A decoração de Mia Wallenius tem ar de casa aconchegante, com tons de chocolate, âmbar e purpura misturados a azul claro e cinza, em móveis de design do século 20. A tecnologia é fundamental, com um incentivo ao uso mínimo de papel. O cartão de benefícios para os membros serve também como cartão de crédito. O bar serve coquetéis o dia inteiro e é possível ter acesso a alguns dos melhores restaurantes do bairro. Duas filiais, uma em Notting Hill, outra na zona leste de Londres, abrem até 2013.
Há uma adesão de 120 libras e a anuidade para todos os apartamentos de Londres custa 720 libras.
The Groucho Club 
Como o Apartment 58, o Groucho Club também está instalado no boêmio Soho, atraindo publicitários, cineastas e músicos. O lugar tem instalações como o colorido The Soho Bar, com capacidade para 100 pessoas, o redecorado The Gennaro Room, bom para um drinque ou um jantar, e The Snooker Room, dominado pela mesa de snooker. The Dining Room tem menu eclético, com pratos de inspiração mediterrânea e inglesa.
O curador Nicky Carter selecionou obras de arte de Gary Hume e Damien Hirst, entre outros, para a coleção do clube. Como é de praxe nos clubes privês, também há quartos para os clientes, todos bem equipados. A adesão custa 695 libras, com a anuidade de 1.390 libras.

Cerveja artesanal com a sua assinatura

Máquina neozelandesa ajuda a fazer até 78 tipos de cerveja em casa

Fazer cerveja não tem muito segredo. Grosso modo, é só misturar malte e lúpulo (ingredientes que podem ser encontrados prontos em lojas especializadas) com água quente, resfriar, filtrar e deixar fermentando. O problema são os detalhes desse processo – que é cheio de pequenos truques e faz com que os cervejeiros de primeira viagem raramente consigam bons resultados. Mas a Personal Brewery, primeira máquina que controla sozinha todas as etapas da produção de cerveja caseira, promete resolver o problema.
O funcionamento é bem simples. Depois de adicionar os ingredientes, basta apertar um botão e o aparelho se encarrega do resto, coordenando automaticamente a fermentação, a maturação, o resfriamento e a clarificação da bebida.
A Personal Brewery leva uma semana para concluir o processo, que produz 23 litros de cerveja de cada vez. Quando ela está no ponto, é resfriada pela máquina, que mantém a bebida na temperatura ideal para o consumo.
É possível fazer 78 tipos de cerveja, dos mais comuns (pilsen) aos mais diferentes (stout, dark lager). O fabricante fornece kits de ingredientes para produzir algumas dessas variedades, mas também é possível utilizar matérias-primas de outras origens.
O resultado é bom. Num teste cego feito com 126 voluntários, três tipos de cervejas feitas com a Personal Brewery ocuparam os primeiros lugares – à frente de marcas renomadas como Warsteiner, Carlsberg e Asahi. Na Nova Zelândia, onde foi criada, a máquina é vendida por 5.660 dólares neozelandeses (cerca de R$ 7. 424). 

Drinques atemporais para aquecer

Histórias líquidas contadas nas taças e copos de coquetéis favoritos de celebridades

Símbolo de elegância na época de glamour do cinema, alguns drinques passaram à história por estarem sempre nas mãos de celebridades. Consumidos ainda hoje por sua combinação feliz de ingredientes, são indicados para acalentar as noites mais frias.
Cada drinque tem sua particularidade e história. 

Manhattan
Simplesmente o drinque favorito de Marilyn Monroe. Criado no Manhattan Club, de Nova York, no final do século 19, atravessou o século passado e continua a chamar atenção em qualquer lugar.
Receita:
- 3 partes de bourbon uísque
- 1 parte de vermute branco seco
- Gotas de angostura

Misturar os ingredientes em um mixing glass com cubos de gelo. Mexer bem e coar, enfeitando com uma cereja.
 The White Russian 
Drinque celebrizado por um personagem de cinema, Jeff Lebowski (The Big Lebowski), interpretado por Jeff Bridges. Deve seu nome ao ingrediente principal, a vodca.
Receita:
- 50 ml de vodca
- 20 ml de licor de café
- 30 ml de creme de leite
- Gelo

Colocar a vodca e o licor de café no copo, completando com gelo. Terminar com o creme de leite por cima, sem misturar.
Mata Hari
Um dos drinques da preferência do escritor norte-americano Ernest Hemmingway, foi inspirado na famosa e ousada dançarina Margaretha Zelle, a Mata Hari, acusada de espionagem durante a Primeira Guerra Mundial e por isso fuzilada pelos franceses.
Receita:
- 50 ml de conhaque
- 5 ml de vermute rosso
- 1 colher de café de chá de frutas silvestres
- 20 ml de xarope de romã
- 20 ml de suco de limão siciliano
- 3 gotas de bitter de cereja

Colocar todos os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e agitar. Servir em copo refrigerado.


Ramos Gin Fizz

O escritor e dramaturgo Tennessee Williams era fã desse drinque criado por Henry C. Ramos, em 1888, no bar Imperial Cabinet Saloonin, em Nova Orleans, Louisiana. Originalmente chamado de Ramos Gim Fizz, após a Lei Seca foi popularizado pelo bar do Roosevelt Hotel, em Nova York, apenas como Gin Fizz. Há algumas versões desse drinque e esta é a original.
Receita:
- 50 ml de gim
- 25 ml de suco de limão e casca de limão sicilano
- 2 borrifos de água de laranjeira
- 25 ml de creme de leite fresco
- 25 ml de clara de ovo
- Bastante gelo

Colocar os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e mexer bem. Coar e decorar com a casca de limão.
Whiskey Sour

Esse é um drinque com história antiga, o preferido do escritor e roteirista de Hollywood James Agee. Foi criado em 1872 pelo marinheiro inglês Elliot Stubb no porto de Iquique, Peru, usando o limão de um povoado próximo. O sucesso chegou até Londres.
Receita:
- 45 ml de uísque
- 15 ml de suco de limão
- 1 colher de chá de açúcar de confeiteiro

Misturar todos os ingredientes com gelo, coar e colocar no copo, com ou sem gelo.


Negroni

Foi criado em Florença, em 1919, no Caffè Casoni, atual Caffè Giacosa, quando o conde Camillo Negroni pediu ao bartender Fosco Scarselli para reforçar seu coquetel favorito, o Americano, colocando gim em vez de água gasosa. Um dos coquetéis preferidos de Marcello Mastroianni.
Receita:
- 40 ml de gim
- 40 ml de Martini Rosso
- 40 ml de Campari
- 2 ou 3 cubos de gelo
- Soda limonada
- Tiras de casca de laranja

Encher um copo com gelo e despejar as bebidas. Agitar e decorar com casca de laranja.
Coquetel Dorchester of London
Drinque criado em 1930 pelo barman Harry Craddock, famoso na época, no The Bar at The Dorchester, frequentado pela elite londrina. Era feito com rum, gim e um licor (Forbidden Fruit) que desapareceu do mercado. Para festejar o aniversário de 80 anos do hotel em 2011, o atual gerente do bar, Giuliano Morandin, procurou o coquetel original em um velho livro de receitas e recriou a fórmula junto com a fábrica Bitters Bob's. Ele leva conhaque, pomelo, frutas cítricas e mel e estará disponível exclusivamente no The Dorchester por um ano.
Receita:
- 20 ml de rum Bacardi
- 20 ml de licor Forbidden Fruit
- 20 ml de gim
- Casca de limão

Agitar com gelo e coar, espremendo a casca de limão por cima.




Os melhores drinques de Paris

Os bares dos hotéis luxuosos de Paris estão na rota daqueles que gostam de se divertir e bebericar. Dentre tantas opções na cidade, selecionamos os cinco melhores coquetéis desses tradicionais pontos de encontro. Tem drinques clássicos, modernos e até o mais caro do mundo. Escolha o seu favorito e... “santé”. 

No coração do Triangle d'Or, o bar do hotel Plaza Athénée é o lugar ideal para quem quer ver e ser visto. 

Decorado por Patrick Jouin, antigo colaborador de Philippe Starck, em 2001, o ambiente respeita as heranças clássicas do local - as paredes de madeira e a lareira rococó foram conservadas -, mas conta com um toque moderno nos móveis, decoração e detalhes. 

Quem comanda o espaço é Thierry Hernandez, diretor do Bar du Plaza Athénée há 25 anos, que se declara apaixonado pela clientela brasileira. "Adoro os clientes do Brasil que frequentam o Plaza. Além de serem muito educados, estão sempre bem-vestidos, chiques e elegantes. São os meus favoritos."
A carta do Bar du Plaza Athénée propõe drinques clássicos e outros superinovadores. Rose Royale é o carro chefe e, apesar da receita parecer um pouco óbvia, Thierry garante que este é o melhor coquetel de framboesa com champanhe do mundo.

Para a clientela jovem, descolada e exigente é oferecido drinques diferenciados, como o sorvete alcoólico Fashion'Ice, os sushis Plaza Colada e Jelly Shots. 

 1- Rose Royale, no Le Bar du Plaza Athénée
No coração do Triangle d'Or, o bar do hotel Plaza Athénée é o lugar ideal para quem quer ver e ser visto. 

Decorado por Patrick Jouin, antigo colaborador de Philippe Starck, em 2001, o ambiente respeita as heranças clássicas do local - as paredes de madeira e a lareira rococó foram conservadas -, mas conta com um toque moderno nos móveis, decoração e detalhes. 

Quem comanda o espaço é Thierry Hernandez, diretor do Bar du Plaza Athénée há 25 anos, que se declara apaixonado pela clientela brasileira. "Adoro os clientes do Brasil que frequentam o Plaza. Além de serem muito educados, estão sempre bem-vestidos, chiques e elegantes. São os meus favoritos."
A carta do Bar du Plaza Athénée propõe drinques clássicos e outros superinovadores. Rose Royale é o carro chefe e, apesar da receita parecer um pouco óbvia, Thierry garante que este é o melhor coquetel de framboesa com champanhe do mundo.

Para a clientela jovem, descolada e exigente é oferecido drinques diferenciados, como o sorvete alcoólico Fashion'Ice, os sushis Plaza Colada e Jelly Shots. 
2 - Bellini, no Le Bar 228, no Le Meurice
O Le Meurice é o hotel palácio mais tradicional e antigo de Paris. Por isso, nada mais natural que seu bar seja um lugar emblemático e cheio de história.

Reformado por Philippe Starck e sua filha, Ara Starck, em 2007, a decoração do Bar 228 (número do hotel na Rue de Rivoli) tem atmosfera aconchegante e elegante, parecida com um clube britânico. 

Há 32 anos trabalhando no hotel, William Oliveri é o chef barman desde 1992. Nascido na Itália, ele conta como ninguém histórias curiosas que vivenciou servindo o pai do surrealismo, Salvador Dali, e o rei espanhol Alfonso XIII, ambos habitués do Le Meurice. 

"Nossa profissão vê e escuta muitas histórias, mas tenho um código de ética de não falar nada dos nossos clientes. Conto algumas de Dali e do rei da Espanha, pois já não estão mais aqui."

No menu do Bar 228 estão mais de 300 bebidas: uma dezena de Dry Martinis, coquetéis com champanhe, criações exclusivas e ainda muitas opções sem álcool (até smoothie de açaí). 

Dentre tantas possibilidades, a preferida do chef Oliveri é o tradicional Bellini. Segundo ele, o melhor de Paris. Também vale a pena experimentar o Cocktail Starck à base de champanhe, gengibre fresco e folhas de menta.

 3- Crazy Horse, no Le Bar du Bristol

Localizado na rue du Faubourg Saint Honoré, burburinho fashion da "rive droite", o bar do hotel Le Bristol é frequentado por uma clientela cosmopolita, mesclando artistas com estilistas, executivos, parisienses do mundo da moda e turistas que fazem compras pela região. 

Na lista de hóspedes célebres do cinco estrelas estão Charlie Chaplin, Marylin Monroe, Harry Truman e Grace Kelly, só para citar alguns. 

Pascal Havel é quem dirige o Bar du Bristol e conta ao iG Luxo como tudo funciona. "O bar é dividido em dois ambientes. O lado inglês é mais tradicional, com mesas e cadeiras, e o Salon Marie-Antoniette propõe cantinhos intimistas, com sofás e poltronas confortáveis."

A carta do bar tem coquetéis variados e originais, como o Crazy Horse e Dolce Vita. O primeiro, criado em homenagem ao cabaré francês, mistura morango, licor de banana e champanhe. O italiano Dolce Vita leva champanhe, framboesa e limoncello. 

O menu ainda propõe opções para almoço e jantar, elaborados pelo chef de cozinha estrelado, Eric Frechon. 
4- Baccarat, no Bar du Crillon
Desenhado pelo escultor francês César e decorado pela estilista Sonia Rykiel, o Bar du Crillon é sem dúvida o mais associado à moda na capital francesa. Culpa da localização privilegiada, que é um convite irrecusável para um drinque pós comprinhas nas boutiques descoladas e luxuosas do entorno.

Outra relação forte com a moda é o fato da grife francesa Balenciaga escolher um dos salões mais luxuosos do hotel para os seus desfiles há muitos anos. 

Para completar a saga fashion, desde a primeira temporada de moda parisiense deste ano, o Bar du Crillon foi escolhido pela revista Vogue francesa para ser o Le Bar Vogue da Paris Fashion Week. 

"Mudamos a decoração do bar, colocamos imagens dos ensaios da revista nas paredes, preparamos um menu com drinques especiais e transmitimos os desfiles moda", explica o chef barman Philippe Olivier. 

Dentre todas as criações exóticas, short drinks, long drinks e coquetéis au champagne da carta de bebidas, a indicação de Philippe Olivier é o drinque Baccarat, à base de champanhe rosé, suco de limão, Grand Marnier e essências aromáticas. Para quem prefere algo mais forte a pedida é o Rose du Crillon, com vodka, xarope de rosas, suco de maça e essências aromáticas.

5- Side Car, no Bar Hemingway, Ritz

Em plena Place Vendôme, mais precisamente no Hotel Ritz, está o Bar Hemingway, provavelmente o mais famoso de todos. Nomeado em homenagem ao assíduo freqüentador, o escritor Ernest Hemingway, o bar do Ritz é o preferido no meio literário. 

Desde a sua criação, em 1898, grandes pensadores - como Marcel Proust, Oscar Wilde, F. Scott Fitzgerald, Truman Capote, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir - frequentavam o espaço para buscar inspiração mergulhados na decoração mágica do hotel.

Prova de que o local tem realmente uma ambience incomparável é a história dos esforços que Hemingway fazia, no final dos anos 20, para tomar drinques no bar. Nessa época o escritor economizava durante toda a semana para poder beber no bar, pelo menos uma vez por semana. "Quando se está em Paris, a única razão de não frequentar o Ritz é a falta de meios", dizia ele.
O Bar Hemingway propõe uma grande seleção de whiskies puro malte, vinhos do porto millésimés e drinques clássicos, dentre eles o Side Car, eleito pelo Guinness Book em 2001 o coquetel mais caro do mundo, quando custava 400 euros. Criado em 1923 por Franck Meier, primeiro chefe barman do Ritz, o drinque era servido na época por apenas US$ 5. Hoje, quem quiser degustar a mistura de suco de limão com um excepcional Cognac Fine Champagne (produzido entre 1830 e 1870) tem que estar preparado para desembolsar 1250 euros.


Drinques com um toque de rosé

O consumo do vinho rosé não para de aumentar. Ele está melhor e vai muito bem em coquetéis

O vinho rosé está definitivamente na moda. No Brasil, as vendas cresceram mais de 30% em 2010, segundo dados de importadoras e revendedores, enquanto na França – país que dita moda em quase tudo – o aumento foi de 20% nos últimos quatro anos. Um número significativo. 

Os franceses são agora líderes mundiais como bebedores de rosé, em taças ou em drinques. E se eles gostam... Para isso acontecer, os enólogos mudaram o jeito de fazer esse vinho. Antes um líquido quase aguado, docinho e sem caráter, nos últimos tempos passou a ser elaborado com uvas mais viris, como cabernet sauvignon, syrah, tempranillo e malbec. 

Além disso, o tempo inicial de fermentação junto com a casca da uva aumentou – é ela que dá a cor e os taninos que deixam o vinho mais completo. 

Cinco drinques com o uso do rosé.
1- Monte Carlo 
60 ml de vinho rosé 
30 ml de gim Hendricks
15 ml de xarope Kaly baunilha

Modo de preparo: em um copo para whisky colocar gelo e, em seguida, os ingredientes. Misturar bem, decorar com fatia de tangerina e uma cereja.
2- Camellia 
60 ml de vinho rosé
20 ml de grappa de Brunello 
10 ml de xarope Kaly rosas

Modo de preparo: em um copo para whisky colocar gelo e, em seguida, os ingredientes. Misturar bem e decorar com pétalas de rosas.

3- Riviera 
80 ml de vinho rosé 
20 ml de licor Mandarino
6 cubos pequenos de tangerina
2 cerejas picadas
10 ml de vodca Level

Modo de preparo: em uma taça tipo flûte colocar 2 pedras de gelo e, em seguida, as frutas, o licor, a vodca e o vinho. Misturar bem e decorar com uma cereja.


4- Acapulco Bliss 
100 ml de vinho rosé
30 ml de tequila Herradura Blanco
20 ml de licor Curaçau fino
2 gotas de Orange Bitter

Modo de preparo: em um mixing glass colocar 6 pedras de gelo e, em seguida, os ingredientes. Misturar bem. Servir em uma taça Martini, bem gelada, decorando com physales.

5- Bubble Berry 
100 ml de vinho rosé 
3 amoras
3 morangos em fatias 
3 bolinhas de pitaia vermelha
15 ml de xarope Kaly raspberries 

Modo de preparo: em um copo long drink, colocar gelo e os ingredientes, misturar bem e decorar com frutas.

Cachaça premium: vale quanto custa?

Tempo de envelhecimento, tecnologia e marketing ajudam a promover e sofisticar a autêntica cachaça brasileira

A caninha, que já foi sinônimo de bebida pouco nobre e de elaboração sem maiores cuidados, ganha cada vez mais aroma e sabor confiáveis – para orgulho de produtores e consumidores.
São os bebedores, aliás, os maiores responsáveis pela notável melhoria geral da qualidade da cachaça, branca ou envelhecida. Para satisfazê-los, iniciativas, como o Centro de Tecnologia em Cachaça, em Minas Gerais, têm permitido aos fabricantes acesso a níveis de conhecimento sobre o plantio, equipamentos e produção nunca antes imaginados. E o resultado é sentido pelo olfato e paladar de quem aprecia nossa bebida por excelência.
Mas, de uns anos para cá, começaram a chegar ao mercado garrafas precedidas de marketing e preços igualmente nunca antes imaginados. E o espanto foi inevitável: elas realmente valem R$ 200, R$ 300 e até R$ 500? É o caso, por exemplo, de marcas como Vale Verde 12 anos, Sapucaia Real, Germana Heritage, Barão Reserva, Weber Haus Reserva Lote 48, Tonel 40, Armazém Vieira Ônix, Leblon ou Sagatiba Preciosa.
Para Rodrigo Ferreira, barman do badalado restaurante Mocotó, de São Paulo, “os preços são justos, pelo trabalho e pelo tempo de barricagem”. E o nó da questão está justamente nesse ponto, o do envelhecimento em madeira por longo tempo, segundo o pesquisador da área ambiental Eduardo Martins, por duas vezes presidente do Ibama e que se prepara para lançar nos próximos meses sua própria cachaça no mercado, a Encanto da Marquesa.
Elaborada em Taiobeiras, no Norte de Minas, cidade que faz parte da microrregião de Salinas, com métodos sustentáveis do plantio à destilação, a Encanto da Marquesa é de uma linhagem artesanal mais pura, em contraponto às cachaças industriais, que representam dois terços das vendas no Brasil.
Para Eduardo Martins, além do investimento em marketing das cachaças mais caras, pesa o fato de seus produtores usarem barris de carvalho para o envelhecimento. “Eles são muito mais caros que as madeiras nacionais. E quanto mais tempo ficam estagiando, mais cresce o custo de produção”,
Essa opção, segundo ele, “tem a ver com o gosto adquirido do consumidor por destilados importados, em sua imensa maioria oriundos do envelhecimento em carvalho”. Ele prega o uso controlado e sustentável da madeira nacional, sobretudo a castanheira ou o bálsamo, “que oferecem a verdadeira identidade de nossa cachaça”.
Outro que reage aos preços altos é Ronaldo Garcia da Costa, profundo conhecedor do assunto e dono da maior cachaçaria do Mercado Central de Belo Horizonte, ponto de peregrinação de quem procura os melhores produtos do Estado.
Segundo ele, a mais famosa cachaça do País, Havana, de Salinas, passou a atingir preços mirabolantes por ter-se tornado uma raridade, primeiro pelo embargo ao nome por parte do governo cubano – depois revogado – e em seguida pela morte de seu fabricante, o misterioso Anísio Santiago, que jamais permitia visitas ao alambique. Daí sua última produção passar a valer ouro.
No embalo, surgiram cachaças mais novas a preços de uísques 12 anos ou mais, o que, para o expert tradicionalista também não se justifica. “A caninha é uma bebida essencialmente artesanal, em que os costumes de pai para filho fazem a diferença”, afirma Costa. “E de preços modestos, compatíveis com o custo baixo de produção na escala familiar”.
Conversando com o fazendeiro José Alberto Fonseca, que ainda guarda com carinho uma cachaça que envelheceu em umburana, a impressão é de que as cachaças de rótulos bonitos, nascidos em escritórios de design e longe do ingênuo grafismo das marcas mais antigas, podem ser boas, mas parecem ser outro produto. Rum, talvez.
E, para apimentar a conversa, a lembrança de uma máxima entre os conhecedores de vinho: é mais inteligente comprar três garrafas de La Tâche do que uma de Romanée-Conti.

A volta do gim-tônica com roupagem contemporânea

Drinque clássico renasce nos melhores bares de Nova York, mas com uma pitada de ousadia e artesania

Bebericar um bom gim-tônica é como encontrar uma camisa Oxford do século 20 no armário e perceber que ainda é possível vesti-la em um passeio à noite no centro da cidade, sem parecer fora de sintonia com o século no qual estamos. Simplesmente funciona. Isso, porém, não impediu que os bartenders deslumbrados com a mixologia tentassem aperfeiçoá-lo. Podemos encontrar alguns deles, que não resistem a encher uma taça com infinitas variações de sabores, transformando o gim-tônica em um espetáculo tão complicado que mal podemos reconhecê-lo. 

A boa notícia, porém, é que muitas dessas variações inovadoras e bem sucedidas estão sendo imaginadas por bartenders e donos de restaurantes que não veem a palavra moderação como um epíteto. Graças a eles (e a um momento de franca expansão internacional de novos gins-tônicas, cuidadosamente elaborados), esse é um momento bom para ser fã da bebida. Especialmente em Nova York.
O restaurante espanhol Cata oferece uma variedade impressionante de gins-tônicas: 25, na última vez em que foram contados, embora a lista continue crescendo e evoluindo. E a sua inspiração são novas tendências de coquetéis vindas de cidades como Madri e Barcelona. Podemos dizer que a fórmula espanhola consiste em manter a abordagem tradicional, sem complicações (gim e tônica sobre o gelo). No entanto, para fugir do limão de sempre, eles substituem o ingrediente com novas tendências de frutas e especiarias, que (idealmente) valorizam um aspecto botânico no gim.
Na primeira versão que experimentei no Cata, o barman macerou delicadamente uma laranja kinkan partida ao meio no fundo de um copo. Despejou um pouco de gelo, depois vários cravos secos e mais algumas laranjinhas, serviu um pouco de gim Dorothy Parker e deslizou o copo em minha direção, junto a uma garrafa de água tônica Schweppes, para ser servida a gosto.
Eu queria mais (coquetéis, quero dizer). No cardápio do Cata há também um gim-tônica de lavanda. Meio adocicado. Outro é de coentro, outro de anis-estrelado, outro de óleo aromático extraído de uma grande casca de laranja. Cada versão usa um gim específico que pode ser o Botanist, Boodles, Bluecoat ou Death’s Door; já as tônicas servidas são Fever-Tree, Q, Fentimans, White Rock ou Schweppes. Em cada caso, a equipe do Cata provou e discutiu diversas combinações para achar a mais apropriada para dar destaque a cada gim. "Queríamos simplicidade", disse Michel Vasilevich, que supervisiona as bebidas do Cata. "Nenhuma infusão. Nenhum sabor que se sobreponha aos outros. O gim é maravilhoso por si só".
O gim, assim como o saquê, combina facilmente com petiscos salgados e gordurosos, como tapas. Por isso, faz muito sentido que o estilo espanhol de gim-tônica esteja ganhando força em restaurantes como o Cata, o Tertulia, o La Boqueria e o Vara, no Brooklyn, aonde vem em uma taça tão grande que mais parece um cálice ibérico com uma pequena casca perfumada de limão descendo pela borda.
A Espanha merece parte do crédito pela volta dessas tendências, mas também tem estado na moda todo aquele estilo faça-você-mesmo e artesanal de lidar com os ingredientes. O Per Se, templo culinário de Thomas Keller no Time Warner Center, criou um rebuliço anos atrás, quando começou a oferecer um coquetel misturado com pó de quinina, o ingrediente tradicional usado para preparar água tônica. 
Há ainda, por todo o país, outros restaurantes cujo grande diferencial é a tônica produzida na própria cozinha. Tomemos como exemplo Pedro Gonçalves, encarregado pelos vinhos e bebidas do Oceana, um restaurante nova-iorquino que se orgulha de ter no estoque não apenas gins de toda parte do mundo, mas quatro diferentes tipos de tônica: doce, amarga, cítrica e apimentada. Há um tempo, Pedro, amante do gim-tônica cuja família vem de Portugal, começou a se perguntar: por que as pessoas, quando tem um excelente gim, estragam tudo com uma tônica genérica? "Isso me incomodava", contou ele.
Buscando desenvolver seu próprio xarope de quinina, Pedro mandou buscar um estoque de pó de quinina do Peru. A primeira pergunta que lhe veio à mente foi "OK, o que diabos eu faço com isso?", lembrou-se ele. "Sinceramente, eu realmente não fazia a menor ideia". A filtragem dos sedimentos acabou se mostrando um desafio. Ainda assim, por tentativa e erro, Pedro descobriu como fabricar tônica. "A quinina tem uma longa história", acrescentou ele. "Os nativos sul-americanos costumavam usá-la como relaxante muscular. Após um dia cansativo de trabalho, quando o corpo está fatigado, ela faz muito bem".
A questão agora é persuadir os clientes a experimentaram o tal relaxante muscular. O coquetel não raro tem um sabor bem diferente graças à tônica artesanal, com uma cor que pode se assemelhar à de chá gelado. "No começo, as pessoas ficavam dizendo 'Nossa, a tônica é meio escura", disse ele. Pedro, porém, continua tão convencido de que "tudo o que é produzido em massa não é feito com a mesma atenção aos detalhes" que usa um tipo estranho de marketing reverso: dos clientes do Oceana que pedem Schweppes, ele cobra um dólar a mais. 
Nem todos os bartenders concordariam com essa política. Muitos deles diriam é difícil superar o prazer proporcionado por tônicas pré-fabricadas, como Fever-Tree, Fentimans e, sim, Schweppes. "É nisso que eles são especializados", disse Tyler Pitman, diretor de operações e gerente nacional de bebidas da Todd English Enterprises. "Não vou conseguir preparar uma tônica melhor do que a deles". Pitman elaborou a receita de um gim-tônica que é servido no bar do Todd English Food Hall, o empório gastronômico do Plaza. Ele é feito com tônica Fever-Tree, gim Hendrick, uma fatia de toranja, uma pitada de cardamomo ralado fresco e uma folha de manjericão que ele esmaga entre as mãos para liberar o aroma. Pitman acredita que o segredo da infraestrutura de um bom gim-tônica está na fidelidade à receita clássica, disse ele.
De fato, se existe um equivalente literário para o coquetel no cânone norte-americano, só pode ser "O Grande Gatsby", de F. Scott Fitzgerald, uma obra fundamental da Era do Jazz. Tanto o livro quanto a bebida conseguem ser ao mesmo tempo elegantes e igualitários, e a sensação despertada por um gim-tônica "reinventado" talvez corresponda bem à suscitada pelo mais recente filme de Baz Luhrmann, diretor australiano com vocação para nos fazer embarcar em jornadas carnavalescas e vertiginosas.
Em cada um dos casos, não seria melhor evitar que as coisas saiam do controle? O cavalheiro que comanda o bar do Greenwich Project, um novo ponto de encontro do centro da cidade, concorda. Ele descartou a ideia de fabricar a sua própria tônica depois de algumas experiências fracassadas realizadas alguns anos atrás. "Nós tentamos, mas decidimos abrir mão da ideia", disse ele recentemente, depois de explicar que é possível encontrar um exemplo disso em "Dr. No", romance de Ian Fleming, em uma cena em que James Bond pede um coquetel duplo com um limão inteiro. "Não dá para prepararmos algo de que nós realmente gostamos sempre. E muitas pessoas que querem gim-tônica simplesmente querem o clássico". É melhor levarmos a sério o que ele diz. Há outro motivo para acreditarmos que o cara do bar do Greenwich Project sabe bem do que está falando. O nome dele, afinal, é Scott Fitzgerald.