terça-feira, 19 de março de 2013

Faculdade de grife (apenas) não decide processo de seleção

Ela pode ser um critério ou nota de corte, mas, a partir das etapas presenciais, o que conta é a atitude do candidato
Faculdade de grife (apenas) não decide processo de seleção
É verdade, houve um tempo em que um dos pré-requisitos para contratar um profissional era a grife, por assim dizer, da faculdade que o candidato frequentou. Hoje em dia, não é mais essa regra que prevalece, pelo menos não em todas as empresas ou para todos os cargos. O nome da universidade, em geral, pode ser um critério, uma nota de corte, mas depois que se juntam todas as faculdades na fase da dinâmica de grupo, ou nas próximas etapas do processo, os candidatos voltam a ser absolutamente iguais e, daí para a frente, o que vai importar é a atitude de cada um, e não há escola que desenvolva a atitude.

Em outras palavras, mais importante do que a gripe da faculdade é a grife do estudante, a atitude que ele tem diante do conhecer, do aprender. Sempre digo que quem faz a escola é o aluno. É óbvio que existem faculdades que  nem sequer mereceriam ser reconhecidas como tal pela qualidade deplorável do ensino que oferecem.

Isso sim é uma questão séria, porque sabemos que há muitas faculdades que não são credenciadas pelo MEC. Mas essa não é a regra. Longe do tempo em que faculdades boas eram somente as públicas, hoje existe um bom leque de instituições particulares que oferecem, sim, ensino de qualidade. O resultado final do aprendizado dependerá em grande parte de como o aluno se comportará diante do que lhe é proposto, se participará das aulas com disposição, se buscará aprofundar o conteúdo aprendido fazendo pesquisas extracurriculares, pondo em prática o que aprendeu na teoria e assim por diante. Isso porque a porcentagem mais significativa do processo se dá fora dos muros da faculdade, longe das cadeiras da sala de aula. Aprender é, em boa parte do tempo, uma experiência individual e intransferível.

Portanto, é preciso se libertar da ideia de não há oportunidade para quem não cursa universidade top de linha. É claro que, pelo menos em tese, quanto melhor for a qualidade da faculdade, melhores condições serão dadas para aprender, mais bem atualizados os jovens estarão sobre as novidades de sua área, mas isso não é tudo.  O importante é chamar para si a responsabilidade de gerenciais seus estudos e sua formação, sem depositar nas mãos da universidade seu futuro. Quem for capaz de liderar sua formação estará mais apto a gerenciar a carreira em todas as etapas.

Num processo seletivo, no caso de empate entre dois candidatos, dos quais um é proveniente de uma faculdade de primeira linha e outro de uma menos renomada, o que vai decidir quem ganha a vaga é o perfil de candidato que a empresa procura.  Se a busca for por alguém capaz de superar desafios, gerenciar crises, tirar o máximo proveito de uma equipe enxuta, por exemplo, essas características talvez estejam justamente no candidato que fez uma faculdade “de segunda linha”, mas estudava à noite, conseguiu aprender inglês e tem alguma experiência, mesmo que em cargos de menor importância. O raciocínio é: se com poucos recursos ele conseguiu chegar até aqui, pode ir muito mais longe se tiver suporte. E aí a grife da faculdade do outro candidato perde valor naquele momento.

por: Click Carreira

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