segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Saude - novas descobertas

Descoberta possibilita futuro diagnóstico de câncer antes de tumor 'aparecer'

Cientistas detectaram que proteína presente em vários tipos de câncer pode servir de indicador precoce da doença.

Cientistas britânicos descobriram uma proteína presente em muitos tipos de câncer, o que poderia, no futuro, levar a um exame único capaz de detectar várias modalidades diferentes da doença e também auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
O grupo, baseado no Instituto Gray de Oncologia e Biologia da Radiação, relatou ao Instituto Nacional de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha ter identificado câncer de mama em ratos semanas antes de um caroço inicial ser detectado.
A mesma proteína, chamada gamma-H2AX, é encontrada em tumores de pulmão, pele, rins e bexiga e é produzida como uma reação do organismo a DNA danificado.

De acordo com os cientistas, este é um dos primeiros indícios de que uma célula está se tornando cancerígena.
Formação de tumores
O estudo utilizou um anticorpo que é o "parceiro perfeito" para a gamma-H2AX e capaz de procurá-la no organismo. 
O anticorpo recebeu então pequenas quantidades de material radioativo, servindo como "termômetro" para identificar a presença de câncer no organismo.
Caso os médicos identifiquem um acúmulo de radiação num determinado ponto do corpo, há grandes chances de que ali esteja o início da formação de um tumor.
Diagnóstico precoce
A professora Katherine Vallis diz que, nos ratos usados em laboratório, caroços só puderam ser sentidos quando as cobaias já tinham cerca de 120 dias de idade, mas "nós detectamos mudanças antes disso, entre 90 e cem dias – antes de um tumor ser clinicamente aparente".
Ela disse à BBC que a proteína gamma-H2AX era, em grande parte, um "fenômeno comum" e que "seria um sonho" desenvolver um exame único para vários tipos de câncer.
Estágio inicial
Embora a comunidade científica e os pacientes que lutam contra a doença tendam a ver os estudos em torno da nova técnica com muita esperança, eles ainda se encontram em um estágio bastante preliminar.
"Esta pesquisa inicial revela que rastrear essa molécula importante poderia nos permitir detectar danos no DNA em todo o organismo. Se estudos mais aprofundados comprovarem isso, a proteína poderia nos fornecer uma nova rota para detectar o câncer em sua fase muito inicial, quando ainda há mais chances de tratá-lo com sucesso", disse a cientista.
Julie Sharp, do instituto britânico Cancer Research UK, avalia o estudo como um avanço.
"Esta pesquisa importante revela que ter como alvo esta molécula-chave poderia nos fornecer uma rota animadora por novos caminhos para detectar o câncer em um estágio inicial e ajudar a aplicar radioterapia e monitorar seus efeitos sobre os tumores".

Nova molécula abre caminho para tratamentos contra câncer

Substância impede movimento e multiplicação das células cancerígenas, em especial as resistentes a tratamentos tradicionais de quimioterapia, disseram pesquisadores franceses

 Uma nova molécula anticancerígena e antimetástase que abre caminhos para novos tratamentos alternativos contra o câncer acaba de ser descoberta por uma equipe internacional de pesquisadores.

A molécula, batizada de "Liminib", impede o movimento e a multiplicação das células cancerígenas, em particular as resistentes a tratamentos de quimioterapia, explicou nesta terça-feira (28) o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) em comunicado.
A principal característica da "Liminib", resultado de uma década de trabalho e testes em mais de 30 mil moléculas, é sua capacidade de inibir a enzima quinase, cuja presença excessiva favorece a multiplicação das células e propagação do câncer. 

Esta enzima regula a dinâmica do esqueleto interno da célula, formado por uma rede de fibras cujos filamentos permitem ela se movimentar e reproduzir. 

A molécula "Liminib" estabiliza e bloqueia essa rede de fibras, impedindo que sua multiplicação. Os resultados de um estudo piloto, realizado em ratos, são "encorajadores", segundo o CNRS, que participou da pesquisa junto a outras instituições francesas e cientistas da Austrália e do Reino Unido.

No estudo, ficou constatado que a nova descoberta "não tem apenas boa eficácia, mas que os animais tratados apresentaram boa tolêrância à substância". 
 

 

 

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