quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sadomasoquismo: 10 questões para você compreender

As pessoas estão em busca de novas alternativas para apimentar o sexo na cama. Mas por que o livro "Cinquenta tons de cinza" tem feito tanto sucesso entre as mulheres? Desvendamos o universo BDSM.
Entenda o sadomasoquismo abordado no bestseller "Cinquenta tons de cinza" 
Esqueça livros como "As Mil e Uma Noites" ou até mesmo o conhecido "Kama Sutra" e suas posições sexuais mirabolantes. O filão agora a ser explorado pelo mercado editorial são os livros com temáticas eróticas. "Cinquenta tons de cinza", da autora norte-americana E. L. James, já é considerado o maior fenômeno editorial desde a saga Harry Potter. Prestes a vender 40 milhões de exemplares pelo mundo, no Brasil virou best-seller e ultrapassou a casa dos 100 mil. No Reino Unido, por exemplo, é o romance mais vendido de todos os tempos ao chegar à marca de 5,3 milhões de cópias comercializadas, segundo dados divulgados pela Editora Cornerstone Publishing.
Quem pensa que o enredo fala de bruxos, vampiros ou reinos encantados se engana. O romance é simples e ousado: conta a relação entre o jovem e sedutor empresário milionário Christian Grey e a inocente estudante Anastasia Steele, que se torna sua submissa (ou sua escrava sexual) no intrigante jogo sexual do sadomasoquismo. O dominador Grey conserva, em sua cobertura, o chamado "quarto da dor". O cômodo é equipado com cama gigante, chicotes, correntes, algemas e muito mais para as sessões de dor e prazer.
Se antigamente fetiches eróticos deste tipo eram mal vistos pela sociedade, atualmente parecem cada vez menos inclinados à clandestinidade. Hoje, práticas sexuais entendidas como estranhas ganham lugar, visibilidade, aceitação e acessórios em sex-shops. As pessoas estão em busca de novas alternativas para apimentar o sexo sem que, para isso, sejam condenadas à fogueira do desconhecimento. Mas por que o livro tem feito tanto sucesso entre as mulheres?
 
"O livro, parte de uma trilogia, encantou as mulheres americanas pela forma com que a autora aborda o tema: uma jovem virgem que desperta para o sexo pelas mãos de um amante experiente e ousado, que a seduz com ações e práticas aflitivas, já que envolve um tipo de sexo onde a dor é usada para o aumento do prazer. O sadomasoquismo sempre atrai interesse, embora nem sempre este interesse quer dizer intenção de praticar", explica a sexóloga e professora de Ginástica Íntima, Regina Racco.
O sadismo, em linhas gerais, é a arte de fazer sofrer e o masoquismo a de receber o sofrimento como forma de sentir prazer. Sadomasoquismo, então, é a prática pelo casal de um tipo de sexo que envolve o uso de acessórios (algemas, chicotes, prendedores, vendas, coleiras e outros) e situações de dominação/submissão para levar ao orgasmo.
"A obra encantou as americanas e foi eleita pela mídia como um estrondoso sucesso, mas as mulheres não devem esperar grande literatura. Achei meio mal escrita, como se fosse feita às pressas para aproveitar o momento, coisa de produção em série mesmo. Mas é interessante que a leitura sirva para despertar o casal para uma vida mais plena de prazer", comenta a sexóloga.


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