Pesquisa mostra que 25% destes perfis são públicos, enquanto percepção de perigo dos pais é baixa: 37% acham que é impossível o filho passar por um constrangimento na rede
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou
nesta terça-feira (02) os resultados da primeira pesquisa TIC Kids
Online Brasil. O objetivo é levantar dados sobre oportunidades online e
uso seguro da internet. No total, foram entrevistadas 1.580 crianças e
adolescentes entre 9 e 16 anos e o mesmo número de pais.
De acordo com o estudo, 70% dos entrevistados
possuem perfil próprio em redes sociais. “Chama atenção o fato do uso
das redes sociais no Brasil superar o uso na Europa entre crianças nessa
faixa etária, onde o uso atinge 57%”, declara Alexandre Barbosa,
gerente do CETIC.br.
Entre os que possuem perfil próprio nas redes sociais,
42% foram configurados para serem privados, onde apenas amigos podem
visualizar as atualizações feitas pelo usuário. 31% permitem que amigos
de seus amigos possam acompanhar seus perfis e 25% possuem perfis
públicos, ou seja, qualquer pessoa pode visualizar todas as atualizações
e postagens do usuário.
Percepção dos pais
Segundo a pesquisa, 37% dos pais e responsáveis acreditam
que não é nada provável que seu filho passe por alguma situação de
incômodo ou constrangimento na internet nos próximos seis meses. Além
disso, 71% dos pais acham que os filhos usam a internet com segurança e
35% acreditam que eles são capazes de lidar com situações que os
incomodem na internet.
Outro indicador da pesquisa mostra que 23% dos usuários
entre 11 e 16 anos já tiveram contato na internet com alguém que não
conheciam pessoalmente. Entre os que estabeleceram esse contato, 25%
declararam ter encontrado pessoalmente alguém que conheceu online. O
CERT.br divulgou um volume em sua Cartilha de Segurança para Internet
com dicas específicas em redes sociais. O material está disponível no
endereço eletrônico cartilha.cert.br
.
A pesquisa revela ainda que 47% das crianças e
adolescentes entre 9 e 16 anos acessam a internet todos os dias ou quase
todos os dias em diversos lugares: 42% ficam online na escola, 40% em
casa e 35% na lanhouse. 18% dos entrevistados citaram o celular como
ferramenta de acesso à internet.
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