segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Relaxe na atmosfera aconchegante das cafeterias vienenses

Patrimônio Imaterial da Humanidade, as cafeterias da capital austríaca são carregadas de história. Veja cinco endereços imperdíveis.

O Hotel Imperial, o mais exclusivo de Viena, foi estabelecido em 1873 e é frequentado por Chefes de Estado que visitam a capital austríaca. 

Poucas coisas são mais tipicamente vienenses do que sentar-se em uma poltrona confortável de um café com um jornal à mão e, simplesmente, ver o dia passar. Com decoração neoclássica repleta de adornos, atendimento personalizado e bolos divinos, as cafeterias da capital austríaca saíram de cena depois da 2ª Guerra Mundial. Mas o crescente interesse turístico pela cidade trouxe essas casas de volta.

 O café foi introduzido à cultura local na segunda metade do século 17, quando a cidade esteve sob domínio do Império Turco-Otomano. Com a expulsão dos árabes em 1683, as primeiras cafeterias começaram a aparecer e o negócio logo floresceu. O auge se deu cerca de dois séculos depois, quando a então capital do recém-formado Império Austro-Húngaro vivia dias de expansão territorial e efervescência cultural.

 
Definitivamente enraizadas aos costumes locais, essas casas resistiram, inclusive, à eclosão da 1ª Guerra Mundial no começo do século 20 e ao consequente fim do Império: em 1938, havia 1.238 cafés licenciados em Viena. A Segunda Guerra, no entanto, foi mais dura com a capital austríaca. A cidade, como Berlim, foi dividida em quatro zonas que ficariam sob influência das forças aliadas. Com boa parte do território austríaco sob domínio da União soviética por dez anos, a indústria não conseguiu voltar aos patamares anteriores ao conflito militar e o país chegou, inclusive, a sofrer com a falta de insumos e produtos agrícolas.

Depois de um período em declínio, os cafés, impulsionados pelo crescente interesse turístico, voltaram a surgir e alguns dos lugares tradicionais que haviam fechado as rebriram portas. Mais do que lugares para relaxar e apreciar a produção artesanal da bebida, as cafeterias da capital austríaca são, hoje, instituições.

 

- Café Imperial
A cafeteria fica dentro do Hotel Imperial, erguido em 1863. O cinco estrelas é talvez o mais exclusivo da capital austríaca, sendo geralmente a acomodação de escolha de Chefes de Estado que visitam a cidade. Quando estiver por lá, não deixe de experimentar a imperial tarte. A trufa de chocolate é o doce mais famoso da casa.    Endereço: Kärntner Ring, 16 
 Café Imperial © anosefe.southeast.cz

 
- Café Sperl
O café que foi fundado em 1880 e tinha, no período anterior à Primeira Guerra, mistura interessante de clientela: jovens artistas se mesclavam a membros militares de alta patente. No filme "Antes do Pôr do Sol" (1995), o Sperl serviu de cenário para as conversas filosóficas dos protagonistas Ethan Hawke e Julie Delpy.    Endereço:  Gumpendorferstraße, 11
 
 

- Café Central 
A cafeteria foi aberta em 1876 e com o tempo se tornou ponto de encontro para figuras ilustres que viveram na capital austríaca. O escritor Hugo von Hofmannsthal, o pai da psicanálise Sigmund Freud, e o político Leon Trotsky são alguns dos que adoravam o ambiente do Central.   
Endereço Herrengasse/Strauchgasse, 1010

 
- Café Sacher
O hotel cinco estrelas fundado em 1876 deve boa parte da fama justamente ao café ou, mais especificamente, a um doce servido na cafeteria: a sachertorte. Criação de Franz Sacher, o bolo imitado no mundo inteiro leva chocolate meio amargo e recheio de damasco. Endereço: Philharmonikerstrasse, 4

 
 
- Café Dommayer
Aberto em 1787 é um grande feito que o Dommayer tenha conseguido se manter abaixo do radar turístico por tanto tempo. Um pouco afastado do centro histórico, a cafeteria é frequentada pela alta sociedade vienense. No século 19, os músicos Johan Strauss, pai e filho, estrearam diversas obras no local.     Endereço: Dommayergasse, 1
 

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