quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Puro fetiche: sapato é arma de sedução.

 
Cinderela, a dos contos de fada, fisgou seu príncipe pelo salto transparente. Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker em “Sex and The City”, escolhia a dedo um bom par de Manolo Blahnik para arrasar num encontro. Já nas revistas masculinas, as beldades tiram tudo, menos os sapatos. E não é à toa. "O salto mexe com a imaginação erótica, tanto do homem, quanto da mulher", garante a sexóloga Laura Muller. 
 

 Um bom sapato de salto melhora a postura, empina os seios e o bumbum. Mas além da estética favorecida, o fascínio por sapatos se dá no campo do fetiche. Em cima do salto, as mulheres se transformam: “Elas têm o falo, o poder. É lógico que quanto mais alto, mais poderoso.



 Fernando conta que, em geral, são as mulheres que compram os seus próprios sapatos para seduzir. Porém, vira e mexe, o designer recebe a ligação de um cliente misterioso querendo algo especial: “Eu nunca vi a cara dele. Mas só de descrever o sapato, era possível perceber que ele estava ficando excitado do outro lado da linha”. 

 
Loucura demais para você? Segundo Laura Muller, se a prática é prazerosa e não destrutiva para os dois, então tudo bem. Não é transtorno, doença ou coisas do tipo. Na verdade, o fetiche pode apresentar diversas nuances. Alguns só querem olhar a bela mulher nua usando sapatos poderosos, outros têm fantasias masoquistas, e por aí vai.  

 
Características do sapato fetiche
O modelo peep toe é um dos mais desejados. Laura diz que a abertura frontal remete à fenda de um vestido. Fernando pontua que, nos anos 40, quando surgiu o modelo, mostrar só o dedão era extremamente erótico, pois, até então, tudo era coberto.
 
Botas e sapatos com zíper também são adorados. Pense nas botas de Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”: “Com uma bota de superzíper atrás, ela pode fazer um jogo erótico de cobrir e revelar, estimular a imaginação erótica na hora de tirar”, ensina Laura.

 

A cor também é importante. “Verniz preto é extremamente fetichista”, decreta Pires, ressaltando que o vermelho pode ser extremamente erótico.

 


E, para fechar, os materiais. Couros exóticos, como pele de cobra, fake ou natural, fazem-nos lembrar de nossa natureza mais instintual: “É uma coisa do nosso lado mais animal. O bicho pode mexer com esse aspecto da nossa sexualidade e a gente se sentir com seu poder. Que é meio por aí, poderosa como uma serpente, um leopardo”.
 
* Quer se aprofundar no assunto? Laura Muller está em tour pelo Brasil com uma série de palestras sobre fetiche por sapatos - confira o calendário no site da sexóloga. Já os sapatos de Fernando Pires podem ser adquiridos nas lojas do designer, em São Paulo.





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