Cinderela, a dos contos de fada, fisgou seu príncipe pelo salto
transparente. Carrie Bradshaw, personagem de Sarah Jessica Parker em
“Sex and The City”, escolhia a dedo um bom par de Manolo Blahnik para
arrasar num encontro. Já nas revistas masculinas, as beldades tiram
tudo, menos os sapatos. E não é à toa. "O salto mexe com a imaginação
erótica, tanto do homem, quanto da mulher", garante a sexóloga Laura
Muller.
Um bom sapato de salto melhora a postura, empina os seios e o bumbum.
Mas além da estética favorecida, o fascínio por sapatos se dá no campo
do fetiche. Em cima do salto, as mulheres se transformam: “Elas têm o
falo, o poder. É lógico que quanto mais alto, mais poderoso.
Fernando conta que, em geral, são as mulheres que compram os seus
próprios sapatos para seduzir. Porém, vira e mexe, o designer recebe a
ligação de um cliente misterioso querendo algo especial: “Eu nunca vi a
cara dele. Mas só de descrever o sapato, era possível perceber que ele
estava ficando excitado do outro lado da linha”.
Loucura demais para você? Segundo Laura Muller, se a prática é prazerosa
e não destrutiva para os dois, então tudo bem. Não é transtorno, doença
ou coisas do tipo. Na verdade, o fetiche pode apresentar diversas
nuances. Alguns só querem olhar a bela mulher nua usando sapatos
poderosos, outros têm fantasias masoquistas, e por aí vai.
Características do sapato fetiche
O modelo peep toe é um dos mais desejados. Laura diz que a abertura frontal remete à fenda de um vestido. Fernando pontua que, nos anos 40, quando surgiu o modelo, mostrar só o dedão era extremamente erótico, pois, até então, tudo era coberto.
O modelo peep toe é um dos mais desejados. Laura diz que a abertura frontal remete à fenda de um vestido. Fernando pontua que, nos anos 40, quando surgiu o modelo, mostrar só o dedão era extremamente erótico, pois, até então, tudo era coberto.
Botas e sapatos com zíper também são adorados. Pense nas
botas de Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”: “Com uma bota de
superzíper atrás, ela pode fazer um jogo erótico de cobrir e revelar,
estimular a imaginação erótica na hora de tirar”, ensina Laura.
A cor também é importante. “Verniz preto é extremamente
fetichista”, decreta Pires, ressaltando que o vermelho pode ser
extremamente erótico.
E, para fechar, os materiais. Couros exóticos, como pele
de cobra, fake ou natural, fazem-nos lembrar de nossa natureza mais
instintual: “É uma coisa do nosso lado mais animal. O bicho pode mexer
com esse aspecto da nossa sexualidade e a gente se sentir com seu poder.
Que é meio por aí, poderosa como uma serpente, um leopardo”.
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