quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Coisas que você não sabia sobre o amor e relacionamentos (parte I): O amor duradouro é possível

 A ciência garante: o amor duradouro é possível
Ah, o amor. Esse sentimento nobre é amplamente estudado pela ciência e um dos nossos temas favoritos por aqui. Para ajudar você a entendê-lo melhor, vamos publicar uma série de posts com algumas das descobertas científicas mais recentes a esse respeito. Você vai encontrar, por exemplo, a prova científica de que existe amor duradouro, uma advertência importante para quem não sabe se casa ou se compra uma bicicleta e a quebra do mito de que homens que pagam por sexo não querem compromisso.  Tem assunto de sobra para discutir na mesa de bar.

Quando a gente começa um romance, é tudo lindo e eterno. Até acabar em corações partidos e cada um partir para outra história. Muita gente acha que esse é um ciclo inevitável e não acredita em amor que nunca se acabe. Por outro lado, existem vários casais por aí que estão juntos e felizes há décadas. O que a ciência diz sobre isso?
Um estudo publicado no ano passado na Social Cognitive and Affective Neuroscience concluiu que o amor duradouro é possível, sim. Os pesquisadores, liderados pelo neurocientista social Arthur Aron, da Universidade Stony Brook em Nova York, descobriram respostas neurológicas similares entre pessoas vivendo um novo amor (naquela empolgação típica) e aqueles em relacionamentos apaixonados de longa duração.
O estudo examinou as respostas cerebrais de 10 mulheres e 7 homens casados há um tempo que variava entre 10 e 29 anos usando ressonância magnética funcional (fMRI). Enquanto isso, eles tinham de olhar para fotos do rosto de seus parceiros, de conhecidos próximos e de pessoas com quem tinham pouca familiaridade.
Também foi feito o mesmo teste com casais que haviam acabado de começar um relacionamento romântico. Estes, ao olharem para a imagem de seu parceiro, mostraram respostas na área responsável pela liberação de dopamina, frequentemente associada ao consumo de alimentos e álcool e motivadora de vontades e desejos. Isso não aconteceu quando os mesmos indivíduos viram fotos de outras pessoas.
Para os 17 adultos em relacionamentos antigos (os quais garantiam sentir pelo parceiro o mesmo amor do início do namoro), foi criada uma escala de sete pontos que classificou a intensidade do amor que eles sentiam em seu relacionamento. Todos eles marcaram cinco ou mais pontos.
Na hora do exame da ressonância magnética, eles apresentaram atividade semelhante aos dos novos namorados na área responsável pelo processamento da dopamina – e quem havia sido classificado com sete pontos mostrou atividade maior que os classificados com cinco.
Mas o estudo também mostrou diferenças entre as atividades cerebrais dos dois grupos. Quem estava em relacionamentos recentes mostrou atividade nas regiões relacionadas à obsessão e tensão, enquanto aqueles em relacionamentos de longo prazo apresentaram atividade nas regiões relacionadas com a ligação emocional e o apego.
Para os pesquisadores, o estudo prova que a sensação de recompensa associada a um parceiro de longo prazo pode ser sustentada e se manter semelhante à sentida no início de um novo relacionamento – a diferença é que isso envolve áreas cerebrais diferentes. Segundo eles, esse é o passo inicial para entender a biologia por trás desses relacionamentos.


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