terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Hot ioga" queima até 800 calorias por aula

Na modalidade, sala é aquecida em 42ºC e exercícios ajudam a desintoxicar o corpo
Há algo de novo no mundo da Ioga no Brasil. As posições terapêuticas que fisgam um número cada vez maior de praticantes brasileiros passaram a ser realizadas, em alguns estúdios, em salas climatizadas em 42ºC.
O resultado, dizem os idealizadores da já apelidada “hot yoga” – tradução ioga quente - é uma reprodução do “útero materno” – para uma introspecção mais efetiva - mas que, de quebra, queima até 800 calorias nos 90 minutos de duração da aula.
O nome oficial do método é Brikam Yoga, que começou nos Estados Unidos e no Canadá há 15 anos e agora chega ao Brasil ainda de forma embrionária. De forma organizada, apenas Curitiba (no Paraná) tem uma rede de estúdios de Hot Ioga, mas o “importador” da técnica para o País, o professor Adilson Pagan, avalia que a modalidade vai se popularizar.
“Quando eu tive contato com a Brikam, em 2001, morava nos EUA e existia apenas um centro internacional deste tipo de Ioga. Hoje já são 50, espalhados por vários locais do mundo”, diz Pagan. “Tenho certeza de que é questão de tempo para mais pessoas serem capacitadas e expandirem a Brikan no Brasil. Mas hoje pólos importantes como São Paulo ainda não contam com escolas especializadas.”
Benefícios
As salas são pré aquecidas e os praticantes, durante 1h30 de aula repetem 26 posições do Ioga e dois exercícios de respiração. O ideal é que antes da aula a pessoa fique sem comer por cerca de duas horas. A transpiração é intensa, em um processo que os idealizadores acreditam ser desintoxicante. Além disso, a alta temperatura exige mais equilíbrio e concentração, fazendo com que o gasto calórico seja ainda mais intenso.
“No calor, o corpo responde mais aos estímulos de flexibilidade, o que evita as lesões. Além disso, melhora a capacidade respiratória do praticante”, afirma o professor brasileiro. “Sem contar o despertar das memórias das células da gravidez, já que a ideia é que os espaços reproduzam o conforto térmico do útero”, completa.
Pagan afirma que o objetivo principal da Brikam não é o emagrecimento, mas a intensidade da prática acaba provocando a perda de peso. “Tenho alunos que em seis meses eliminaram 20 quilos. Não só pelo gasto calórico, mas pelo autocontrole que a ioga também proporciona.”
Energia e cuidado
O ideal para ter melhores resultados é praticar a “hot ioga” ao menos duas vezes por semana, período necessário para reabastecer o fluxo de energia. Os cuidados também são exigidos já que não é simples fazer as posições em um ambiente tão quente. O próprio site oficial da Brikam chama os espaços de “câmaras de tortura”.
A adaptação não é imediata e durante as primeiras aulas são poucos os alunos que conseguem ir até o fim. “É preciso respeitar o limite individual. Isto também é um dos aprendizados do Ioga”, diz Adilson Pagan.
A cautela vem com as orientações dos cardiologistas. Em altas temperaturas, os vasos sanguíneos são dilatados e a pressão arterial fica desregulada. Esta queda brusca pode provocar desmaios e desidratação. Por isso, roupas extremamente leves e garrafinha de água e isotônicos são liberadas durante as aulas.
As 26 posições são semelhantes as da Ioga e entre os benefícios descritos estão a melhora da capacidade dos pulmões, alívio de dores, em especial nas costas, fortalecimento muscular do abdômen e das pernas, melhora da circulação e da digestão.

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