terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Baratas também precisam de amigas (curiosidades)


Ah, que fofas!
Biólogos do National Center of Scientific Research, na França, estudaram dois tipos de baratas(Blattella germanica e Periplaneta americana – as duas bonitinhas convivem “bem” com a gente) para conhecer melhor os hábitos desses bichos. E descobriram que elas também têm uma vida socialreconhecem os membros da própria família e adoecem quando são abandonadas pelo grupo – as jovens solitárias levam muito mais tempo para se desenvolver e encontrar um parceiro.
Saber quem faz parte da família é bom para evitar o acasalamento com os irmãos. E elas só conseguem fazer isso por causa de alguns compostos químicos presentes na saliva e no corpo de cada uma.
A parte boa é que elas saem sozinhas em busca de comida e água – é por isso que raramente você se depara com uma porção delas no lixo da cozinha (só vale lembrar que, apesar da busca solitária, as baratas deixam rastros para que as coleguinhas encontrem a mesma fonte de comida). Mas, durante o dia, elas descansam juntinhas em rachaduras e buracos escuros. <3

Baratas conversam sobre comida

Esses bichos asquerosos são mais espertinhos do que a gente pensa. Se um dia, por acaso, você passar uma semana fora e esquecer aquele monte de lixo orgânico na cozinha, não se surpreenda quando voltar: pode haver uma turma inteira de baratas devorando seus restos. Sim, várias delas. Uma festa. Isso porque elas não guardam novidades. Assim que descobrem uma boa fonte de comida, espalham a notícia por todas as baratinhas da região.
Quem descobriu isso foi um grupo de cientistas da Universidade de Londres, na Inglaterra. Desconfiados desse papo entre as baratas, eles decidiram testar. Colocaram dois alimentos semelhantes e soltaram os bichos famintos. Todas escolheram o mesmo prato. Só atacaram o outro depois de ter acabado com o primeiro.
“Se elas não se comunicassem, teriam apenas se espalhado igualmente pelas duas porções de comida”, conta o pesquisador Mathieu Lihoreau. “Essas observações batem com simulações de um modelo matemático que estima que as baratas se comunicam quando já estão nas fontes de comida”.
Eles ainda não sabem exatamente como funciona essa comunicação, mas apostam na existência de algum composto químico na saliva ou um hidrocarboneto no corpo delas que sirva como fonte de informação. “Achamos que elas se encontram, se tocam e dizem ‘ok, tem outra barata aqui, e ela está comendo algo bom, vou ficar também”, explica Lihoreau.
Espertinhas, não? É melhor se esforçar para cortar o barato delas, antes que você encontre uma festinha dessas pela sua cozinha.

Baratas rejeitam machos promíscuos

É, a vida dos machos “mulherengos” não anda muito fácil no mundo das baratas.
Segundo um estudo dos pesquisadores Edwin Harris e Patricia Moore, as baratas fêmeas preferem os machos mais recatados na hora do sexo.  Eles analisaram o comportamento das fêmeas da espécie Nauphoeta cinerea e perceberam que elas discriminam machos com uma longa lista de encontros anteriores. E não são os únicos descartados. Elas também rejeitam machos que já saíram com outras fêmeas e não conseguiram acasalar (afinal, deve ter algum problema com eles, né).
Essa seleção toda tem justificativa. As fêmeas não podem arriscar: há uma única chance de acasalar durante o ciclo reprodutivo. Se pegarem um macho com baixa fertilidade ou come espermatozoides exaustos, o acasalamento pode render poucas baratinhas (ou nenhuma). Para não ter erro, elas procuram os melhores machos reprodutores.
Não sei vocês, mas eu prefiro colaborar para que esses encontros entre baratas fêmeas e machos simplesmente não aconteçam. Sejam eles promíscuos ou não.

Baratas gostam de Lady Gaga

"Baby, I was born this way"
Quem diria: até as baratas são little monsters (não, sério).
A descoberta foi feita no colégio Cooper Union, em Nova York (EUA), por quatro adolescentes que faziam pequenos experimentos com os insetos. Um deles envolvia controlar os movimentos das baratas por meio de impulsos elétricos, que eram transmitidos por eletrodos fixados em suas asas. Ia tudo muito bem, mas chegou uma hora em que elas se acostumaram aos pulsos e pararam de responder a eles.
“Por que a gente não testa música, então?”, pensou a equipe. Fãs de rock as baratas não são, porque ignoraram solenemente as músicas do Weezer e do Avenged Sevenfold. Mas quando sentiram “Bad Romance”, da Lady Gaga, elas começaram a se movimentar novamente.
A explicação dos “pesquisadores” é que, por não seguir um “padrão consistente,” o baixo de “Bad Romance” oferece um estímulo ao qual as baratas não se acostumam – perfeito para o experimento. Isso é que é sucesso, hein, Gaga?

Crédito da foto: flickr.com/southgate


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