sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Cinco bares gourmet em São Paulo

Lugares onde as bebidas dividem as atenções com os pratos.
Pizza do bar Forquilha, em Pinheiros

Pizza de massa fina com presunto parma, vinagre balsâmico e mel do novo Forquilha

Um balde com cervejas geladas e uma tigela de amendoim salgado nem sempre satisfazem. Bons bares raramente ficam cheios se suas cozinhas também não aguçarem o paladar com pratos gourmet, de ostras a steak tartare e saladas sofisticadas.

Comer em bares certamente não é nenhuma novidade em São Paulo. Os botecos há muito são o destino para fartas feijoadas no almoço. E alguns de nossos lugares favoritos para jantar – Bar da Dona Onça e Bottagallo, para citar apenas dois – se definem como bares, apesar dos pratos substanciosos em praticamente todas as mesas. Com muitos bares entrando no território dos restaurantes, estamos de olho nos que têm apelo gourmet entre os recém-inaugurados.

Barteco: R. dos Pinheiros, 220, Pinheiros (2619-2880/facebook.com/barteco.sp)

Com uma abordagem requintada da comida tradicional de boteco, o claro e alegre Barteco (R. dos Pinheiros, 220, Pinheiros, 2619-2880) é um novato de dois andares na Rua dos Pinheiros. Com um chef que trabalhou em grandes restaurantes, como o Kaá, trata-se de comida com qualidade de restaurante a preços de bar. Comece com uma rodada de croquetes de linguiça toscana ou de costelinhas de porco assadas em baixa temperatura, servidas com molho agridoce picante. Com o menu convenientemente dividido em cinco seções – os petiscos custam R$ 14 ou R$ 19, enquanto os pratos principais custam R$ 39 –, os clientes podem escolher de acordo com a vontade, e não com o bolso. Até mesmo a carta de vinhos tem preços razoáveis, com garrafas a R$ 69 ou R$ 99. As caipirinhas ganham uma cara contemporânea, renovadas com ervas e temperos – peça a de lichia com manjericão (R$ 16). Os coquetéis vão ainda mais longe – o Campeche mistura caju, lichia, lima-da-pérsia, pimenta e menta (R$ 38). Em noites mais quentes, uma mesa na calçada é uma boa para observar o movimento.

Minato Izakaya:R. dos Pinheiros, 1.308, Pinheiros (3814-8065/facebook.com/minatoizakaya)

O Minato Izakaya é o mais novo izakaya da cidade – uma versão japonesa do gastropub e tradicional destino para quem sai do trabalho, alternando entre rodadas de saquê e pratos quentes. No minúsculo e escurinho Minato é preciso chegar cedo para encontrar uma banqueta livre. “Tentei criar um pedacinho do Japão em São Paulo”, explica um dos donos, Fabio Koyama. “Após cinco anos trabalhando em izakayas no Japão, tentei incorporar o máximo possível de elementos autênticos – não há mesas, o balcão é o coração da casa, cada porção serve apenas uma pessoa.” Na hora de fazer o pedido, siga o exemplo dos vizinhos de bancada ou pergunte ao chef o que há de melhor no menu do dia. A comida aqui – ao contrário da maioria dos izakayas – também inclui sushi e sashimi. Para beber, atenha-se estritamente ao saquê – o Minato serve cerca de dez saquês importados do Japão (uma dose custa de R$ 17 a R$ 43, e a garrafa pequena varia entre R$ 36 e R$ 71).

Forquilha: R. Vupabussu, 347, Pinheiros (2371-7981/facebook.com/forquilhaforneria)

Antônio Rodrigues/Divulgação

O novíssimo Forquilha engrossa o grupo de bares e restaurantes do lado do Alto de Pinheiros da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Combinando ambiente informal com menu italiano, o Forquilha tem o forno à lenha (e um aquecedor que vem a calhar nas noites de inverno) como principal atrativo; do forno, saem fumegantes pizzas de massa fina, além de pratos de massa como a lasanha Mamadi (R$ 36) – com presunto, mussarela, provolone, parmesão e molho de tomate. Inexplicavelmente, a lasanha circula em um carrinho e é servida em porções generosas na mesa. Até mesmo sobremesas são finalizadas na lenha, como as frutas assadas com um toque de mel e servidas com mascarpone (R$ 18). Para beber, vinho é uma boa aposta; há 60 garrafas no menu e seis estão disponíveis na taça, nas máquinas de autosserviço Enomatic.


Mundial: R. Girassol, 354, V. Madalena (3097-9353)


Na Vila Madalena, os quatro irmãos Altman – proprietários de três dos botecos sofisticados mais longevos do bairro, o Genésio, o Filial e o Genial – estão abrindo uma quarta casa, chamada Mundial, que deve ser inaugurada em setembro. Divergindo da fórmula de sucesso do clássico botequim carioca, caracterizada por garçons de gravata-borboleta e piso de ladrilho, o Mundial é mais bar do que boteco – todo em madeira, concreto e vidro por dentro e com uma grande varanda. Mas uma qualidade que tem em comum com seus irmãos é o foco na boa comida – em sintonia com o nome do bar, você pode satisfazer seu desejo por curry e hambúrguer, e tomar gosto por salgados quentes e saborosos de cantos distantes do globo: pastéis fritos brasileiros, guioza japonês, samosas indianas (foto), empanadas argentinas e varenikes judeus.

Bar: R. Joaquim Antunes, 248, Jd. Paulistano (3061-3810/barbar.com.br)


Nos Jardins, o bar. está facilmente se destacando dos restaurantes vizinhos, e não só no nome. Investindo forte nos coquetéis, oferece mais de 40 misturas, e o barman está disposto a preparar qualquer clássico que não estiver no menu. O andar superior vira uma pista de dança improvisada quando o jazz das quartas-feiras e o groove das quintas animam o público endinheirado. O cardápio traz combinações incomuns, como costela de porco com molho de framboesa (R$ 43) e a ‘surpresa de lichia’ (R$ 23) – de fato uma surpresa, embora não necessariamente agradável, na forma de lichias recheadas de cream cheese e wasabi.

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