Conheça a única cidade do mundo que é dividida entre dois continentes e é o cenário da nova novela da Globo, "Salve Jorge", e de "007-Skyfall", a última aventura de James Bond
Cenário da nova novela das nove da Globo, “Salve Jorge”, e do último filme de James Bond, “Skyfall”, Istambul é certamente um dos lugares mais vibrantes e lindos. Não por acaso, é a única cidade do mundo dividida entre dois continentes, a Ásia e a Europa.
Chamada Constantinopla no passado, Istambul carrega na bagagem mais de dois mil anos de história. Mais importante cidade da Turquia, é um lugar onde costumes e crenças do oriente e do ocidente convivem de forma harmoniosa, assim como a modernidade, inúmeros eventos culturais e uma vida noturna efervescente. Por lá, tudo se mistura, seja na arquitetura ou nas roupas dos habitantes.
Portanto, não se intimide: apesar de 99% da população de Istambul ser muçulmana, a Turquia é um Estado laico e ninguém é obrigado a parar para rezar no meio da rua ou as mulheres devem andar com burcas. Além disso, a tarde de compras pode ser tanto no Grande Bazar, entre tapetes, especiarias e narguilés, ou em Nisantasi, uma rua lotada de cafés bacanas com mesinhas na calçada e lojas descoladas ou de grifes como Louis Vuitton, TopShop, Tiffany’s e Alexander McQueen.
Apesar de ter uma mesquita em cada esquina, literalmente, e palácios belíssimos do império otomano espalhados pelas margens do Estreito de Bósforo, que divide a cidade entre os lados asiático e europeu, Istambul vai provavelmente te surpreender por ser uma cidade cosmopolita.
Veja abaixo o que você não pode deixar de conhecer em Istambul.
1- Santa Sofia
Se você nunca foi a Istambul, a ordem é se perder primeiro pelas ruas do bairro antigo, Sultanahmet. E é lá que você vai ver uma das paisagens mais bonitas da cidade: de um lado, a Mesquita Azul, do outro, a Santa Sofia. Essa última, aliás, é um dos pontos turísticos mais curiosos da cidade. Nascida como uma igreja, no século 6º, foi depois uma mesquita do império otomano e hoje é museu. É possível ver, portanto, como mosaicos católicos foram cobertos com cal (mas redescobertos em 1993 durante uma restauração) e inscrições islâmicas tomaram conta do átrio principal em grandes medalhões pendurados no teto (todos exaltando a grandeza de Alá). Interessante ver como os otomanos não destruíram e sim adaptaram a construção – começando pelos quatro minaretes colocados em volta da Santa Sofia. Isso se deve ao fato de que as mães dos sultões eram, em sua maioria, católicas – moças europeias trazidas para a Turquia para se casar com os governantes.
2- Palácio Topkapi
Foi a primeira e principal residência dos sultões do Império Otomano em Istambul. E é exatamente este o propósito do museu: mostrar como viviam os governantes – com muito luxo e opulência. Foi construído entre 1475 e 1478 e lá moravam além do sultão, suas quatro esposas oficiais e seus filhos, todas as concubinas, a guarda e os funcionários. Se tiver pouco tempo, as partes mais bacanas são o Harém – onde chegaram a viver juntas 1.200 amantes de um sultão e com lindas salas de banho turco – e o Tesouro, sala com relíquias valiosíssimas do império. Algumas são tão preciosas que fotos são proibidas.
3- Taksim e 360º
Taksim é o bairro mais popular – e populoso – de Istambul. Cheio de hoteis e bem urbano, mas não exatamente charmoso. A rua Istikal é a principal, com um bondinho antigo e muitas lojas para comprar presentes e souvenirs. Mas é por ali, à noite, principalmente, que muitos locais vão curtir baladinhas, bares e restaurantes. Um deles você não pode deixar de visitar, o 360º, que dá uma visão aérea incrível da cidade. É, além disso, superdescolado.
4- Mesquita Azul
A razão do nome de uma das principais “joias” de Istambul você percebe logo que entra na maior mesquita da cidade: os milhares de azulejos azuis que revestem o lugar (adicionado em uma reforma após sua construção, entre 1609 e 1616). No chão, os famosos tapetes que também deram fama à Turquia – doados pelos peregrinos. Repare nos desenhos, que determinam o espaço e a direção da reza. Aliás, os turistas só podem entrar fora dos horários das orações. Os mosaicos do teto também são de cair o queixo, lindos e delicadamente trabalhados.
A composição de todas as mesquitas é praticamente idêntica. Depois do portal, um pátio interno e então o átrio principal. Em volta, os minaretes, aquelas torres imensas, que variam de altura ou número – e que não determinam, na verdade, a importância da construção. São delas que ecoam os cinco chamados diários para a reza dos muçulmanos. As mesquitas são provavelmente um dos poucos lugares nos quais as mulheres podem ter que cobrir a cabeça ou as pernas em Istambul.
5- Nisantasi
É o bairro mais chique de Istambul, com cafés e restaurantes bacanas de onde você pode observar algumas das pessoas mais descoladas da cidade (de preferência enquanto toma um drinque nas mesas da calçada, que no começo do inverno já são adornadas com aquecedores). Ali perto também está Tesvikye, outro bairro frequentado por endinheirados que gastam muitas liras turcas em lojas como Louis Vuitton, Tiffany’s, Chanel, Prada e por aí vai.
6- Cruzeiro no Bósforo
O Estreito de Bósforo corta Istambul por 35 km, dividindo a cidade entre os lados asiático e europeu. É o estreito que liga o Mar de Mármara ao Mar Negro. Pode parecer estranho, mas 95% da população está do lado asiático, para onde poucos turistas vão. Aliás, se não tiver a chance de colocar pelo menos um pé no outro continente, o passeio pelo Bósforo é quase uma obrigação. A maioria tem duração de uma hora e permite ao visitante entender um pouco da geografia local. Você também vai ver os belíssimos palácios otomanos que ficam nas margens, como o Dolmabahçe e o Hotel Ciragan Palace, um cinco estrelas que servia de residência para o sultão Mahmutt II.
7- Grande Bazar
São mais de quatro mil lojas, praticamente empilhadas umas nas outras, em labirintos que se cruzam pra lá e pra cá. Nem tente se localizar lá dentro, é tarefa quase impossível. Seja pelas placas ou pedindo informação. A maioria dos vendedores não fala inglês. Ainda assim, vão fazer de tudo para te convencer a comprar alguma coisa. O lugar é lindo e está encravado no coração da cidade desde a época da rota da seda. O que você vai encontrar? Os famosos tapetes turcos, pashminas, joias, narguilés, jogos de chá, especiarias, comidas, utensílios para banho turco, cerâmicas, tecidos típicos… Quase tudo que você já viu pelas ruas e nos restaurantes de Istambul.
Um programa obrigatório: parar para almoçar ou tomar chá em um dos cafés que ficam no meio do bazar. As mesinhas baixinhas são ultracharmosas e o cenário também. Uma dica: vá o café Fez.
8- Ortaköy e Bebek
Ortkö é um dos bairros mais animados para sair à noite em Istambul. Localizado na região de Besiktas, conta com muitos bares cujas mesas nas calçadas dividem espaço com feirinhas de artesanato. Tudo às margens do Bósforo. Há opções para todos os gostos e bolsos. Ortaköy abriga a maioria das universidades de Istambul e por isso há grande quantidade de gente jovem e bonita circulando pelas ruas.
Mais à frente está Bebek, já mais descolado e com menos turistas. É para lá que muitos moradores locais vão e, por isso, é também mais exclusivo. Os bares mais disputados tem hostess na porta que selecionam a clientela. Mas vale a pena.
9- Bazar das Especiarias
Sim, o Grande Bazar é uma das principais atrações de Istambul, com suas quatro mil lojas. Mas, se você tiver pouco tempo para as compras, vá direto para o Bazar das Especiarias.
Bem menor, oferece praticamente as mesmas coisas do bazar central, incluindo temperos, tapetes, cerâmicas e algumas joias. As opções, como era de se esperar, no entanto, são limitadas.
E não se intimide com todos os vendedores que te oferecerem um chazinho. Isso é quase uma tradição e não há mal nenhum em aceitar.
A praça em frente ao Bazar serviu de cenário para o novo filme de James Bond, “Skyfall”
10- Cisterna da Basílica ou de Yerebatan
Construída no Império Bizantino, em 532, a cisterna abrigava água suficiente para manter a cidade abastecida em caso de guerra. Era também uma forma de assegurar que a água do imperador e seus familiares não fosse envenenada. Mas o lugar não é apenas um depósito subterrâneo – pelo contrário. As paredes de mármore e as suas 336 colunas esculpidas com detalhes preciosos abrigam uma área imensa, que guarda alguns segredos entalhados no teto ou na base das colunas – como as famosas cabeças de medusa. Vale, portanto, ir acompanhado de um guia ou usar o áudio-guide.
11- Banho Turco ou Hamam
Anote aí: impossível passar por Istambul e não fazer um banho turco. Tradição desde o império otomano, faz parte do cotidiano de qualquer cidadão do país – não importa sua classe social. Mas é claro que existem salas de banho superluxuosas – e mais caras – e outras perdidas nos bairros da cidade. O banho turco mistura massagem, esfoliação (algumas BEM vigorosas e até dolorosas) e um banho propriamente dito, com uma água quentinha e camadas de espuma, jogadas com baldes de prata.
Se não quiser arriscar e tiver disposto a gastar um pouco mais, se dê ao luxo de ir a um desses dois hamams: o Ayasofya Hürrem Sultan Hamami foi uma antiga casa do gênero no século 16 e recentemente passou por uma reforma cuidadosa. É lindo e pertinho da Santa Sofia. Outra opção para não correr riscos é o spa do hotel cinco estrelas Ciragan Palace Kempinsky, na margem do Bósforo. As moças que dão o banho – vestidas apenas com uma toalha tradicional turca – vão secar até a sua orelha no final. Um luxo. Outra opção segura e mais barata é o Çemberlutas Hamami, onde você pode ficar apenas nos salões de mármore quentinho, jogando água no corpo ou dentro de piscinas.
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