Especialistas dão as dicas para organizar o casamento sem comprometer o orçamento ou causar desconforto com família e amigos
Quando os noivos pensam na festa de casamento logo vem à mente a tão complicada lista de convidados. São muitos conhecidos, amigos, vizinhos, parentes, colegas de trabalho e até contatos da internet. Mas como equilibrar o número de convidados e o orçamento da festa? É preciso convidar a namorada do primo que você nem conhece? E as pessoas da empresa? É indelicado não chamar a tia distante? Com a ajuda de especialistas no assunto, damos todas as dicas para você não errar com os convidados.
1. Por onde começar a lista de convidados?
A lista de convidados é o primeiro passo para o planejamento de um casamento bem sucedido, já que a quantidade de pessoas interfere diretamente em diversos itens, como o local da recepção e a quantidade de bebida. Comece a lista pelas pessoas mais próximas, aquelas que efetivamente participam da vida do casal. Depois, considere parentes mais distantes, amigos dos pais e do trabalho. Uma dica para organizar a lista de convidados é começar pelos bisavós, em seguida pelos avós, tios, primos, padrinhos e amigos. Outra sugestão é fazê-la em ordem alfabética. Assim, evita-se repetir nomes e fica mais fácil conferir se faltou alguém.
2. Como equilibrar orçamento e o tamanho da lista?
Não tem jeito: a lista deve ser elaborada levando em conta o orçamento. Por isso é tão importante que ela seja definida logo no início do planejamento – e, na dúvida, o melhor é partir de uma quantidade modesta de convidados. “Se mais tarde o casal perceber que existe sobra no orçamento, aí sim a lista pode ser ampliada”, recomenda Jane Alves, assessora de casamentos.
3. Quais são os erros mais comuns na elaboração da lista? Como evitá-los?
Um erro comum é os noivos fazerem listas separadamente. Ela ficará mais extensa e possivelmente fora do orçamento. Outro equívoco é convidar pessoas apenas por protocolo, ultrapassando o limite pré-estabelecido de convidados. “Nunca convide alguém por obrigação”, aconselha a consultora de casamentos Adriana Gunther.
4. Com quanto tempo de antecedência a lista deve ser elaborada?
A lista deve ser feita no começo do planejamento. Dela dependem escolhas cruciais, como o número de convidados para o buffet e a escolha do espaço da festa. “Mesmo para um casamento só na igreja é necessário saber a quantidade de pessoas, para encontrar um local que possa acomodá-los. Tanto uma igreja muito lotada, com convidados do lado de fora, como uma igreja muito grande e vazia, desagradam”, afirma Sylvia Queiroz, organizadora de casamentos e recepções.
5. Os pais podem interferir na escolha dos convidados?
Não. A festa é do casal. Mas é um gesto educado e delicado permitir que os pais possam convidar algumas pessoas de seu círculo de amizades. O mais importante é conversar e deixar claro os custos envolvidos e as limitações.
Quando precisarem “cortar” nomes, avaliem quem são os convidados obrigatórios e, especialmente, a proximidade destas pessoas com os noivos.
7. Qual a porcentagem média de convidados faltosos? Posso considerar isso na hora de elaborar a lista?
Depender da possibilidade de falta para convidar pode ser perigoso. Mas, em geral, existe uma variação de 10% a 20% de faltosos.
Para evitar esta armadilha, converse e deixe claro desde o início, quando qualquer uma das famílias se oferece para ajudar com as despesas. A festa é do casal e eles precisam estar à vontade quanto às pessoas que vão participar da celebração. Mas é educado permitir que os pais convidem um determinado número de pessoas de seu convívio.
Se o casal considerou uma pequena cota na lista para os pais, dificilmente isso acontecerá. Mas se isso não foi possível, converse com os pais sobre as dificuldades com o orçamento e explique que os custos de muitos fornecedores estão relacionados à quantidade de convidados.
Pode-se convidar somente a amiga, mas dificilmente alguém vai a um casamento sozinha, principalmente se a convidada não conhece mais pessoas além dos noivos. Se o número de convidados já está no limite, os noivos têm o direito de não chamar e explicar o porquê, mas correm o risco da amiga ficar chateada e não comparecer ao evento.
Não. O convite deve ser feito às pessoas mais próximas e que participam da vida do casal. Neste caso, coloque no convite apenas o nome do amigo.
Diga a ele que realmente ficariam muito felizes com a presença dela, mas o orçamento está bem complicado e por isso vocês precisaram manter a quantidade de convidados prevista no início.
Se não for chamar ninguém do trabalho, evite comentar sobre o casamento. Caso queira convidá-los, priorize aqueles com quem os noivos têm uma relação fora do ambiente de trabalho ou os mais chegados, entregando a eles um convite individual. “Nunca coloque o convite de casamento no mural, pois dá a entender que você está convidando a todos da empresa”, afirma a assessora de casamento Adriana Gunther.
O serviço de confirmação de presença (RSVP é sigla para Répondez S'il Vous Plaît, expressão francesa que significa algo como “responda por favor”) é interessante para o casal ter noção, ainda que de modo aproximado, da quantidade de convidados. Assim, evita-se o desperdício ou a falta de algum item. Nos últimos 10 dias antes do evento, imprevistos podem alterar um pouco o quadro. Mas o número de confirmações fica bem próximo ao real.
15. É indelicado pedir para confirmar presença e, a partir daí, convidar outras pessoas que estavam de fora?
Sim. O RSVP é uma ferramenta útil, mas como o retorno é obtido apenas 15 dias antes do evento, fica muito em cima da hora para convidar outras pessoas.
Sim. O RSVP é uma ferramenta útil, mas como o retorno é obtido apenas 15 dias antes do evento, fica muito em cima da hora para convidar outras pessoas.
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